8 de dez. de 2016

Grêmio, pentacampeão da Copa do Brasil

    Tava engasgado. 15 anos sem um título de expressão nacional. O Grêmio nos últimos anos se manteve constante no Brasileirão, na parte de cima da tabela. No meio desses 15 anos o Grêmio caiu para a Série B em 2004 e ganhou 4 campeonatos gaúchos. Pouco para um time desse tamanho.
    O ano do Grêmio começou ruim, nem foi para a final do gauchão, viu pela tv o seu maior rival conquistar o hexacampeonato seguido. Na final, contra o Juventude, Sasha, do inter, fez gol e dançou uma valsa em 'homenagem' ao  debutar do Grêmio (15 anos sem título nacional). Em maio, o tricolor foi atropelado pelo Rosario Central(ARG) na Libertadores, com a eliminação restavam 2 campeonatos para o Grêmio no ano, 2 chances de título apenas, a Copa do Brasil (que para o Grêmio só começou em setembro) e o Brasileirão.
    No Brasileirão os gaúchos brigaram forte no começo, mas não conseguiram acompanhar o rítmo de Palmeiras, Santos, Flamengo e Atlético-MG, que dispararam. Uma sequência de maus resultados levou o tricolor a uma queda brutal na tabela, o então técnico Roger Machado (que estava há mais de 1 ano no cargo) pediu demissão, saiu e deixou o Grêmio antes do jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, única chance de título do ano.
    A diretoria do Grêmio recorreu ao passado, trouxe Renato Portaluppi (Renato Gaúcho), que não trabalhava como técnico há 2 anos. Renato, um dos maiores ídolos do tricolor, foi inteligente, aproveitou a ótima base que Roger, antigo técnico deixou, e acrescentou novas coisas. Arrumando por exemplo a marcação na bola parada, um terror nos tempos do antigo técnico. A chegada de Portaluppi foi uma injeção de ânimo, o Grêmio deu uma reagida no Brasileirão, mas Renato queria mesmo um título, a Copa do Brasil.
    Oitavas de final, Grêmio tinha ganhado o jogo de ida fora de casa, ainda com Roger no comando. O tricolor tinha vantagem no jogo de volta, que seria com Renato como técnico. Perdeu a partida de volta pelo mesmo placar do jogo de ida, com uma falha de Grohe, seu goleiro. A partida foi para os pênaltis e Grohe defendeu 3 pênaltis, Grêmio, de Renato, classificado. Sorteio para as quartas de final e o Grêmio pegou uma pedreira, o Palmeiras, líder do Brasileirão, e o jogo de volta seria no Allianz Parque. Então o Grêmio tratou de resolver o jogo na ida, ganhou na sua arena por 2 a 1 e segurou um empate na casa do Palmeiras. Se classificou. Semifinais, o encontro dos dois maiores campeões da Copa do Brasil até então. Grêmio x Cruzeiro.
    Na ida, no Mineirão o Grêmio deu show, atropelou o Cruzeiro e ganhou de 0x2, na volta segurou um 0x0. Vaga na final conquistada. O adversário? Atlético-MG, um dos melhores elencos do Brasil e já focado totalmente na Copa do Brasil, já que não tinha mais chances no Brasileirão. O galo poderia escolher em jogar no Mineirão (cabe mais gente) ou no Independência (onde joga sempre). Escolheu o Mineirão, estádio onde o Grêmio tinha atropelado o maior rival do Atlético. No Mineirão o Grêmio não foi um visitante legal, massacrou o galo. 1x3.
    Jogo de volta na Arena Grêmio, um empate ou até uma derrota por menos de 2 gols garantiria o caneco, que seria o 1º título da arena. O Grêmio empatou em 1x1 e se sagrou pentacampeão, o 1º título da Arena Grêmio, com maior público da história dela, 55 mil,  justo 1 dia antes dela completar 4 anos, finalmente o fim da seca.
    Os gaúchos cresceram demais no decorrer da competição, eles eliminaram Palmeiras, Atlético-MG e Atlético-PR, que estão na sua frente na tabela do Brasileirão. Não se pode esquecer os méritos que Roger Machado tem dessa conquista, ele saiu e deixou o time arrumadinho,  Renato Gaúcho disse abertamente que usa a base de Roger mas com sua filosofia e seus ajustes. O ano que começou mau pode terminar perfeito, já que o Grêmio com a conquista da Copa do Brasil de 2016 agora é o maior campeão da competição, com 5 títulos e o seu maior rival, Internacional, pode cair para a Série B, na mesma semana da conquista do penta gremista.

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