23 de dez. de 2016

Juventus 1(3) x 1(4) Milan

    É uma final, vale o caneco. Os times envolvidos são os maiores campeões da Supercopa da Itália, a juve com 7 títulos do torneio e o Milan com 6. Esse título é disputado pelo atual campeão italiano (Juventus) contra o atual campeão da Copa Itália (Juventus). Como a juve ganhou os 2 títulos que dão 'vaga', o jogo será entre a Juventus e o vice-campeão da Copa Itália, o Milan. O jogo tem uma curiosidade, não é na Itália, é em Doha, no Catar, pela 2º vez.
     O jogo começa cheio de cautela e muito estudado pelos dois times. Os alvinegros têm mais a bola, dominam e criam as melhores chances, Donnarumma, goleiro do Milan, trabalha bem até que aos 17min Pjanic cobra escanteio, Chiellini se antecipa e faz o gol. 1x0. Depois do gol a juve relaxou, as jogadas dos rossoneros não passam pelo meio-campo, vão da defesa direto para o ataque, eles apostam demais em cruzamentos. A Juventus controla o meio campo e o jogo. Com 37min jogados Suso cruza a bola na área, mas até parece que colocou com a mão, Bonaventura chega bem e desvia de cabeça para o empate. 1x1. A juve volta a crescer no final mas logo acaba o 1º tempo.
    No 2º tempo o Milan volta melhor, mais presente no ataque e amassando a Juventus. Em mais um cruzamento da direita do ataque dos milaneses Romagnoli acerta o travessão da juve. O Milan segue usando muito seu lado direito e cruzando muito a bola, Suso é o principal jogador. A Juventus quando chega dá trabalho, mas é com a entrada de Dybala no lugar de Pjanic que os avinegros crescem mesmo e igualam o jogo. Com Dybala a juve chega mais forte, ele obriga Donnarumma a defender 2 chutes seus, um desses com os olhos. Faltando 7min para o fim de novo ele, Suso cruza e no 2º pau Bacca cabeceia, mas Buffon faz uma defesa monstruosa. Fim de jogo, 1x1, prorrogação à vista.
    Logo no 1º lance do 1º tempo da prorogação Suso cruza, Bonaventura chuta e Buffon salva, mas espalma a bola no pé de Bacca, o artilheiro sem goleiro demora para chutar e quando chuta vê Chiellini salvar a juve. Milan continua jogando muito em Suso, mas nada mais acontece, os times muito cansados, se anularam.
    No 2º tempo da prorrogação a Juventus volta melhor e aos 6min Dybala toca para Evra, ele livre dentro da área faz o gol, mas impedido, juiz anula bem. Juventus melhor nesse 2º tempo, Evra retribui a  assistência de Dybala, ele cruza rasteiro e Dybala livre, na marca do pênalti, chuta para cima. Fim de jogo em 1x1, que venham os pênaltis.
    Na cobrança dos pênaltis um duelo especial, Buffon, com 38 anos, o passado/presente da Itália contra Donnarumma, de 17 anos, o futuro. No duelo de goleiros termina tudo igual, Buffon defendeu a 1º cobrança, de Lapadula e Donnarumma defendeu a última, de Dybala. De resto todos acertaram, menos Mandzukic, da Juventus, que mandou no travessão. No final Milan se consagra campeão e encerra um jejum de 5 anos sem título, de quebra dá o título como presente de natal para a torcida. Juventus 1(3)x1(4) Milan. No jogo em geral, Donnarumma defendeu mais bolas, mas foi Buffon que defendeu as mais difíceis.

22 de dez. de 2016

New Orleans Pelicans 110 x 121 Oklahoma City Thunder

    Duas super estrelas solitárias se enfrentam hoje,  Anthony Davis, dos Pelicans e Russell Westbrook, do Thunder. Os mandantes vêm de vitória e estão em 12º na conferência oeste, com 10 vitórias e 20 derrotas, na mesma conferência, o Thunder está em 7º, com 16 vitórias e 12 derrotas, os visitantes de hoje vêm de derrota.
    A bola sobe, as duas equipes buscam suas estrelas para finalizar as jogadas, o jogo é rápido, quase constantemente na transição. Davis e Westbrook chamam o jogo para eles, a pontuação é muito equilibrada, nenhum time desgarra e o 1 º quarto termina Pelicans 28 x 34 Thunder. Os mandantes seguraram bem Westbrook.
    2º quarto começa, o time de Oklahoma controla a vantagem, quando os Pelicans encostam o Thunder volta apertar o ritmo e aumentar a vantagem. As duas equipes arremessam bem, principalmente para 2 pontos, no fim do quarto, o time de New Orleans assume a ponta no placar, mas com as seguidas infiltrações de Westbrook, que são quase imparáveis, o Thunder volta para a ponta do placar. Fim de 1º tempo, NOP 30 x 29 OKC nesse 2º quarto, no total, New Orleans 58 x 63 Oklahoma City.
    No 2º tempo, os Pelicans voltam mais concentrados e viram o jogo, eles apostam no jogo coletivo, dando menos a bola para Davis, o Thunder faz o oposto, dá a bola em Westbrook, que chama a responsabilidade e põe o OKC na ponta do placar de novo. Nos últimos minutos a intensidade baixou, o cansaço bateu nos dois times. New Orleans se manteve na cola do Thunder, fim de 3º quarto com placar Pelicans 84 x 87 Thunder.
     Para o último quarto, os visitantes voltaram com um ímpeto de resolver o jogo, logo de cara colocam 11 pontos de vantagem, os Pelicans ficam o quarto inteiro correndo atrás do placar, Oklahoma City administra bem. O placar do último quarto termina New Orleans 26 x 34 Oklahoma City e o jogo 110 x 121.
    Westbrook, no começo da temporada, viu o homem que dividia a responsabilidade com ele sair do time, Kevin Durant foi para o Golden State Warriors, com isso o basquete de Westbrook só melhorou, está mais responsável e é o dono do time. Hoje mais uma vez ele doutrinou, fez um duplo-duplo, 42 pontos e 10 rebotes, Kanter e Abrines, que saíram do banco, ajudaram bastante também, fazendo 14 e 18 pontos respectivamente. Nos Pelicans, Davis fez um duplo-duplo, deixou 34 pontos e pegou 15 rebotes, Holiday também fez um duplo-duplo, com 23 pontos e 10 assistências e vindo do banco Jones deixou 21 pontos, mesmo assim os Pelicans perderam em casa.

11 de dez. de 2016

O Brasileirão 2016 - time a time

    Esse foi o Brasileirão mais disputado de todos os tempos, nenhum time se isolou na ponta, se engana quem vê a tabela final e acha que por causa dos 9 pontos na frente do 2º, Santos, o Palmeiras foi campeão tranquilamente. O Botafogo fez um 2º turno espetacular e terminou em 5º, o Internacional, e o Santa Cruz, que foram líders caíram para a Série B.
    De cima para baixo, é incontestável, o Palmeiras foi o melhor time do campeonato, teve o melhor ataque, a melhor defesa (empatada com a do Atlético-PR), foi o time que mais venceu, quem mais ganhou fora de casa, o time que menos perdeu, liderou o 2 º turno inteiro, foi muito regular, merecido o título.
    O 2º foi o Santos, que como sempre foi muito forte na Vila Belmiro, mas deixou a desejar quando viajava, perdeu jogos que quem quer ser campeão não pode perder, por exemplo para o América-MG, ainda sofreu muito com a venda de Gabigol, a lesão de Vitor Bueno e Lucas Lima sempre desfalcando o time indo para a seleção brasileira. Liderou 1 rodada o campeonato.
    Flamengo foi o 3º, começou devagar o campeonato, mas com a entrada de Zé Ricardo como técnico e a chegada de reforços como Diego o time decolou, colou no líder Palmeiras, e incomodou muito, chegou a ficar 1 ponto atrás do alviverde, mas não liderou, quando retornou ao Maracanã, quase todos davam como certo vitórias e a chegada à liderança, nada disso, fez 4 jogos lá e empatou 3 e ganhou só 1.
    4º lugar foi do Atlético-MG, um pouco decepcionante para um time que com certeza tem um dos 3 melhores elencos do Brasil e conta com Fred, Robinho, Pratto e companhia. Empatou muito fora de casa, 8 jogos, e desperdiçou pontos perdendo para o Coritiba e empatando com Internacional.
    O Botafogo fez uma campanha sensacional no 2º turno, com um time muito econômico e sem destaques, os cariocas cresceram com a entrada de Jair Ventura como técnico, terminaram o 1º turno em 13º, analisando só o 2º  turno, ficariam em 4º lugar, no total terminaram em 5º, conseguindo vaga na 'pré libertadores', surpreendente, uma vez que era dado como time candidato a rebaixamento.
    A última vaga da 'pré libertadores' ficou com o furacão, que foi o melhor mandante do Brasileirão, time muito peculiar, que em casa ganhou 15 jogos e fora de casa perdeu 14. O Atlético-PR provou que ter sua casa como uma fortaleza vale MUITO a pena.
    7º lugar ficou com o campeão brasileiro de 2015, que trocou 4 vezes de técnico durante o esse Brasileirão. O Corinthians de 2015 foi desmontado, não é novidade isso, as contratações para reposição não renderam o esperado e o time não foi consistente, ficou de fora da liberta.
    Ponte Preta em 8º, por isso ninguém esperava, tem mais, a ponte teve um dos artilheiros do Brasileirão, William Pottker, que chegou esse ano do Linense. A macaca é um time muito bem organizado, com pouco orçamento e sabe das suas limitações, fez um belo campeonato.
    9º colocado foi o Grêmio, que começou bem o Brasileirão, mas não conseguiu acompanhar o pelotão da frente, trocou de técnico, e apostou tudo na Copa do Brasil, deu certo, foi campeão, fez um brasileiro bem morno, inconsistente, mas dentro da realidade do elenco. Poderia ter ficado mais em cima da tabela se não tivesse deixado o campeonato em 2º plano.
    São Paulo foi o 10º, conseguiu ficar na primeira página, flertou muitas rodadas com o rebaixamento, se livrou dele apenas na 36º rodada, viu sua torcida invadir o treino e bater em jogadores, foi muito irregular e desorganizado, demitiu o técnico faltando 2 rodadas para o fim do campeonato. Um ano para se esquecer.
    11º Chapecoense, um time de guerreiros, desde 2014 na Série A e sem tomar sustos, muito bem organizado, um exemplo para times de menor orçamento. Não jogou a última rodada, por conta da tragédia, viu todos os outros times fazerem homenagens, foi regular o campeonato inteiro e agora pensa em como se reerguer em 2017.
    Cruzeiro começou muito mal o campeonato, praticamente ficou correndo atrás do prejuízo o ano todo. Só se acertou com a chegada de Mano Menezes para o comando e reforços como Sobis, foi um mau mandante, ganhou só 7 em casa e terminou em 12º.
    13º foi o Fluminense, o flu conseguiu se complicar, brigou o ano todo pela Libertadores, mas nos últimos 10 jogos do campeonato não ganhou nenhum, despencou na tabela, é muito dependente de Scarpa, muito irregular e pouco confiável.
    Sport foi o 14º, quem vê pensa que escapou de boa do rebaixamento, nada disso, só escapou na última rodada, fez um campeonato seguro, mas no final quase se complica, Diego Souza, o cara do time, foi um dos artilheiros do Brasileirão com 14 gols.
    Coritiba foi o 15º, o time foi totalmente imprevisível e irregular, depois que Carpegiani foi contratado para ser técnico o time cresceu um pouco, foi um pouco mais consistente, não sofreu muito com o fantasma do rebaixamento.
    16º foi o Vitória, impossível pensar no Vitória e não pensar no Marinho, o canhoto endiabrado dos baianos. Principalmente na hora da verdade Marinho cresceu, colocou o time nas costas e garantiu a permanência na Série A praticamente.
    Abrindo o z4 o 'incaível', que caiu. Internacional, 4 técnicos dirigiram esse clube no Brasileirão, sendo que Lisca, o último que assumiu, entrou faltando 3 jogos, o inter chegou a ser líder, foi campeão gaúcho, mas seguiu direitinho a cartilha de como ser rebaixado. Ficou 14 jogos seguidos sem ganhar, achava que não era possível cair, tentou ficar na Série A no tapetão, aparentemente não conseguiu. O time colorado não é tão ruim, mas não conseguiu resultados. Vai jogar a 1º vez na história a Série B.
    18º foi o Figueirense, em 2015 já tinha se livrado do rebaixamento na última rodada, deveria ter servido de aviso, entrou com um time muito fraco, não soube utilizar o mando de campo, empatou 9 jogos em casa. Caiu.
    O penúltimo foi o Santa Cruz, que foi líder, foi campeão estadual também. Apostou muito na dupla Keno e Grafite, que começou quente, mas logo voltou ao normal e o santinha sentiu muito, apanhou muito, perdeu 10 jogos em casa e 13 fora.
    América-MG, foi o lanterninha, começou o ano sendo campeão mineiro, isso pode ter iludido um pouco, o time é fraco, foi massacrado e quando pegou times mais singelos não conseguiu resultados bons, não ganhou nenhum jogo fora de casa.
    Esse Brasileirão foi confuso, teve mudança de regra no meio do campeonato duas vezes. O campeonato começou fornecendo 4 vagas diretas para a libertadores, a regra mudou, passou a fornecer 3 diretas e 2 para a 'pré Libertadores'. México decidiu que não disputará a liberta de 2017, com isso a CONMEBOL, repassou uma vaga para o Brasil, uma rodada antes do fim do Brasileirão muda a regra de novo, agora são 4 vagas diretas e 2 para a fase preliminar. Organização nota zero, os planos dos times foram mudando ao longo do campeonato devido a isso.
    3 times que foram campeões estaduais caíram (inter, santa e América), dentre eles 2 chegaram a liderar o campeonato (inter e santa) isso mostra como o Brasileirão é muito difícil e não se pode ter como padrão os estaduais. Um destaque que nenhum técnico gostaria de ter Argel Fucks tem, ele treinou 3 times nesse Brasileirão, 2 foram rebaixados (inter e figueira) e um escapou na última rodada (Vitória).













Seleção do Brasileirão 2016


Esquema: 4-3-3

Goleiro: Jaílson (Palmeiras)
Lateral esquerdo: Fábio Santos (Atlético-MG)
Zagueiro: Geromel (Grêmio) 
Zagueiro: Vitor Hugo (Palmeiras) 
Lateral direito: Jean (Palmeiras)
Volantes: Renato (Santos) e Tchê Tchê (Palmeiras) 
Meia: Moisés (Palmeiras)
Pontas: Dudu (Palmeiras) e Robinho (Atlético-MG)
Atacante: Gabriel Jesus (Palmeiras) 
Técnico: Cuca (Palmeiras)


Melhor ataque: Palmeiras - 62 gols
Craque do Brasileirão: Moisés (Palmeiras)
Revelação do Brasileirão: Tchê Tchê (Palmeiras)
Melhor defesa: Palmeiras e Atlético-PR - 32 gols sofridos
Surpresa positiva do Brasileirão (time): Botafogo - 5º colocado
Surpresa negativa do Brasileirao (time): Internacional - 17º colocado
Mais assistências: Dudu (Palmeiras) e De Arrascaeta (Cruzeiro) - 10 assistências
Artilheiros: Fred (Atlético-MG), Diego Souza (Sport) e William Pottker (Ponte Preta) - 14 gols


Reservas:

Goleiro: Vanderlei (Santos)
Lateral esquerdo: Jorge (Flamengo)
Zagueiro: Mina (Palmeiras)
Zagueiro: Réver (Flamengo)
Lateral direito: Victor Ferraz (Santos)
Volantes: Rafael Carioca (Atlético-MG) e Willian Arão (Flamengo)
Meia: Camilo (Botafogo)
Pontas: Vitor Bueno (Santos) e Marinho (Vitória)
Atacante: Fred (Atlético-MG)
Técnico: Dorival Júnior (Santos)



Opinião Própria.

10 de dez. de 2016

Chicago Bulls 105 x 100 Miami Heat

    Bulls x Heat, esse jogo com certeza tem um protagonista, Dwyane Wade, que é de Chicago, torcedor dos Bulls, mas ganhou três vezes a liga pelo Heat. Agora ele realiza o sonho, faz sua 1° temporada nos Bulls. Não dá para entender o time de Chicago, é muito irregular, ganha dos melhores como dos Spurs e dos Cavs mas perde para times fracos como Nuggets e Mavericks. O Heat faz uma temporada horrível, 7 vitórias e 16 derrotas, o time está em 13° na conferência leste. Os Bulls, estão na mesma conferência, em 6° com 12 vitórias e 10 derrotas.
    O jogo começa e os dois times convertem bem os ataques, Heat aposta muito em Dragic e Whiteside, que leva vantagem sobre Lopez. Os dois times tem propostas de jogo parecidas, usam quase a totalidade do tempo para concluir as jogadas. No último minuto Butler, dos mandantes, aparece mais e pontua, o jogo é muito equilibrado. Fim de 1º quarto Chicago 29x27 Miami.
    Bulls voltam sonolentos para o 2º quarto, Heat aproveita e vira o jogo. Wade faz grandes jogadas mas a bola não cai, no fim do quarto Chicago consegue abrir 5 pontos de vantagem, a maior do jogo, mas no último minuto o Miami reage. 1º tempo acaba empatado 55x55. A palavra do jogo é: equilíbrio, sem dúvida. O 1º tempo foi de jogadas muito trabalhadas, Dragic e Whiteside foram os destaques.
    3º quarto foi diferente dos outros 2, Bulls dominaram do início ao fim com Wade destruindo. Os mandantes abriram 13 pontos de vantagem, deu um apagão no Heat. 3º quarto acaba com Bulls 28x20 Heat, no total Chicago 83x75 Miami.
    Para o último quarto os Bulls voltaram achando que já estava tudo decidido e que poderiam levar o jogo no banho maria, erraram, Miami apertou e encostou no placar, mesmo com Butler chamando a responsabilidade nesse quarto. Emoção até o final, no último minuto, os Bulls entram com 101 pontos e o Heat com 98, os mandantes se complicaram, mas conseguiram segurar um 105 a 100 apertado e equilibrado.
    O Miami Heat com essa derrota completa 3 jogos sem vencer e se afunda mais na classificação, o Chicacago Bulls com a vitória engata a 2º seguida. A dupla Wade e Butler, dos Bulls, somou 59 pontos, sendo Butler o cestinha do jogo com 31 pontos seguido por Wade com 28. No Heat, Dragic fez 21 pontos e Whiteside 20, destaque para o banco que fez 44 pontos usando 4 jogadores, enquanto o banco do Bulls fez só 25 pontos, usando 5 homens.

8 de dez. de 2016

Grêmio, pentacampeão da Copa do Brasil

    Tava engasgado. 15 anos sem um título de expressão nacional. O Grêmio nos últimos anos se manteve constante no Brasileirão, na parte de cima da tabela. No meio desses 15 anos o Grêmio caiu para a Série B em 2004 e ganhou 4 campeonatos gaúchos. Pouco para um time desse tamanho.
    O ano do Grêmio começou ruim, nem foi para a final do gauchão, viu pela tv o seu maior rival conquistar o hexacampeonato seguido. Na final, contra o Juventude, Sasha, do inter, fez gol e dançou uma valsa em 'homenagem' ao  debutar do Grêmio (15 anos sem título nacional). Em maio, o tricolor foi atropelado pelo Rosario Central(ARG) na Libertadores, com a eliminação restavam 2 campeonatos para o Grêmio no ano, 2 chances de título apenas, a Copa do Brasil (que para o Grêmio só começou em setembro) e o Brasileirão.
    No Brasileirão os gaúchos brigaram forte no começo, mas não conseguiram acompanhar o rítmo de Palmeiras, Santos, Flamengo e Atlético-MG, que dispararam. Uma sequência de maus resultados levou o tricolor a uma queda brutal na tabela, o então técnico Roger Machado (que estava há mais de 1 ano no cargo) pediu demissão, saiu e deixou o Grêmio antes do jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, única chance de título do ano.
    A diretoria do Grêmio recorreu ao passado, trouxe Renato Portaluppi (Renato Gaúcho), que não trabalhava como técnico há 2 anos. Renato, um dos maiores ídolos do tricolor, foi inteligente, aproveitou a ótima base que Roger, antigo técnico deixou, e acrescentou novas coisas. Arrumando por exemplo a marcação na bola parada, um terror nos tempos do antigo técnico. A chegada de Portaluppi foi uma injeção de ânimo, o Grêmio deu uma reagida no Brasileirão, mas Renato queria mesmo um título, a Copa do Brasil.
    Oitavas de final, Grêmio tinha ganhado o jogo de ida fora de casa, ainda com Roger no comando. O tricolor tinha vantagem no jogo de volta, que seria com Renato como técnico. Perdeu a partida de volta pelo mesmo placar do jogo de ida, com uma falha de Grohe, seu goleiro. A partida foi para os pênaltis e Grohe defendeu 3 pênaltis, Grêmio, de Renato, classificado. Sorteio para as quartas de final e o Grêmio pegou uma pedreira, o Palmeiras, líder do Brasileirão, e o jogo de volta seria no Allianz Parque. Então o Grêmio tratou de resolver o jogo na ida, ganhou na sua arena por 2 a 1 e segurou um empate na casa do Palmeiras. Se classificou. Semifinais, o encontro dos dois maiores campeões da Copa do Brasil até então. Grêmio x Cruzeiro.
    Na ida, no Mineirão o Grêmio deu show, atropelou o Cruzeiro e ganhou de 0x2, na volta segurou um 0x0. Vaga na final conquistada. O adversário? Atlético-MG, um dos melhores elencos do Brasil e já focado totalmente na Copa do Brasil, já que não tinha mais chances no Brasileirão. O galo poderia escolher em jogar no Mineirão (cabe mais gente) ou no Independência (onde joga sempre). Escolheu o Mineirão, estádio onde o Grêmio tinha atropelado o maior rival do Atlético. No Mineirão o Grêmio não foi um visitante legal, massacrou o galo. 1x3.
    Jogo de volta na Arena Grêmio, um empate ou até uma derrota por menos de 2 gols garantiria o caneco, que seria o 1º título da arena. O Grêmio empatou em 1x1 e se sagrou pentacampeão, o 1º título da Arena Grêmio, com maior público da história dela, 55 mil,  justo 1 dia antes dela completar 4 anos, finalmente o fim da seca.
    Os gaúchos cresceram demais no decorrer da competição, eles eliminaram Palmeiras, Atlético-MG e Atlético-PR, que estão na sua frente na tabela do Brasileirão. Não se pode esquecer os méritos que Roger Machado tem dessa conquista, ele saiu e deixou o time arrumadinho,  Renato Gaúcho disse abertamente que usa a base de Roger mas com sua filosofia e seus ajustes. O ano que começou mau pode terminar perfeito, já que o Grêmio com a conquista da Copa do Brasil de 2016 agora é o maior campeão da competição, com 5 títulos e o seu maior rival, Internacional, pode cair para a Série B, na mesma semana da conquista do penta gremista.

Seleção da Copa do Brasil 2016

Esquema: 4-3-3

Goleiro: Victor (Atlético-MG)
Lateral esquerdo: Fábio Santos (Atlético-MG)
Zagueiros: Geromel (Grêmio) e Gabriel (Atlético-MG)
Lateral direito: Jean (Palmeiras)
Volantes: Maicon e Walace (Grêmio) 
Meia: Douglas (Grêmio)
Atacantes: Lucas Pratto (Atlético-MG), Pedro Rocha e Luan (Grêmio)
Técnico: Renato Portaluppi (Grêmio)


Artilheiro: Marinho (Vitória)
Craque da Copa do Brasil: Douglas (Grêmio)
Revelação da Copa do Brasil: Gabriel (Atlético-MG)
Surpresa positiva da Copa do Brasil (time): Juventude 
Surpresa negativa da Copa do Brasil (time): Santos











Minha opinão

Grêmio 1 x 1 Atlético-MG

    O jogo da taça. No jogo de ida, no Mineirão, o jogo foi Atlético-MG 1x3 Grêmio. A volta deveria ser no dia 30/11, mas foi adiada para hoje devido a tragédia da Chapecoense. Pedro Rocha, herói do Grêmio no 1º jogo, não joga hoje porque foi expulso na ida. Marcelo Oliveira, técnico do galo no 1º jogo da final, foi demitido, o interino comanda o Atlético hoje.
    Antes da bola rolar muitas homenagens. A torcida canta 'vamo vamo chape', os dois times trazem o escudo da chape no uniforme, jogam com faixa de luto, os gaúchos estendem o bandeirão da Chapecoense, os árbitros apitando de verde e um agradecimento, a bandeira da Colômbia, país que deu aula de solidariedade, no centro do gramado. 1min de silêncio, inteiramente respeitado, talvez a 1ª vez na história do futebol brasileiro.
    O jogo começa como o esperado, pegado e com os mineiros pressionando. O galo só chega pelos lados com cruzamentos ou chutes de fora da área. A partida é de muito perde e ganha, a bola fica muito no meio-campo. O alvinegro não consegue criar nada pelo meio, os mandantes esperam um contra-ataque. Aos 40min Douglas, com um toque de calcanhar monstruoso, deixa Everton totalmente livre na cara de Victor, o goleiro do galo salva. Fica a dúvida, Douglas tem um olho na nuca? Foi a melhor chance da final até então. Fim do 1º tempo da final.
    O 2º tempo começa e mais do mesmo. O tricolor continua muito organizado e calmo. O Atlético tenta pressionar mas não ameaça. A marcação dos mandantes está muito encaixada, anula Pratto e Robinho. Já o galo segue desorganizado, é cozinhado pelo Grêmio. Aos 43min Geromel dá um chutão, no contra-ataque Bolaños toca para Luan, ele abre para Everton que cruza, e Bolaños aparece para abrir o placar. 1x0. 3min depois Cazares com muito espaço avança e chuta do seu campo de defesa, GOLAÇO, o gol que Pelé não fez Cazares fez em uma final. Uma pintura. 1x1. O jogo acaba, Grêmio é pentacampeão.
    15 anos sem um título nacional, desde 2010 sem nenhum título, finalmente a seca acaba para o lado azul do Rio Grande do Sul. De quebra o tricolor recebe uma vaga para a Libertadores de 2017, a Arena Grêmio depois de 4 anos pode comemorar seu primeiro título, o 1º nunca é esquecido. O título é do imortal, o time que mais cresceu durante o campeonato, no jogo do pentacampeonato a arena recebeu o maior público de sua história, 55 mil presentes. O jogo que começou com um 'vamo vamo chape' termina com um ' é campeão' que estava entalado.

7 de dez. de 2016

Real Madrid 2 x 2 Borussia Dortmund

    Os dois times já estão classificados para a próxima fase da Champions League, a batalha agora é pela 1º colocação. O Dortmund está com 13 pontos em 1º, o Real vem em 2º com 11 pontos. Ficar em primeiro no grupo, teoricamente significa enfrentar um adversário mais fraco na próxima fase. Hoje o jogo é no Santiago Bernabéu, estádio do time espanhol, onde os alemães nunca ganharam. As duas equipes estão invictas nessa Champions League.
    Antes da bola rolar teve homenagem para a Chapecoense e mosaico da trocida merengue. O jogo começa exatamente como o esperado, os dois times buscando muito o ataque. Depois de 10min insanos o rítmo diminui, as duas equipes valorizam demais a bola, não disperdiçam. Os mandantes começam a dominar o jogo, apostam muito no seu lado direito, jogando nas costas de Schmelzer, aos 28min Cravajal aparece livre pela direita nas costas dele, ele cruza rasteiro e no 2º pau Benzema confere. 1x0. O Dortmund tem dificuldade para criar e sua melhor chance vem em cobrança de falta de Schürrle, ele bate, a bola passa no meio da barreira, quica na frente de Navas, mas ele salva. Fim de 1º tempo.
    Os aurinegros voltam para matar ou morrer no 2º tempo, eles amassam os merengues. Aos 7min o Real puxa um contra-ataque com Ronaldo, ele cruza forte para Benzema e ele livre finaliza, o goleiro salva, na continuação do lance James cruza, Benzema sobe sozinho e cabeceia para fazer o 2º. 2x0. Borussia se mantém firme no ataque e Weigl lança muito bem Schmelzer nas costa da zaga do Real, ele de primeira ajeita para Aubameyang, que cara a cara com Navas diminui aos 15min, 2x1. Os visitantes mudam, poem Mor e Reus, e continuam dominando o 2º tempo. O jogo é cheio de grandes chances, muito aberto. Nos últimos minutos Mor rouba a bola de Marcelo e lança Aubameyang, ele com muita velocidade ganha de Ramos e cruza, Reus aparece para empatar dentro da pequena área, 2x2 e fim de jogo.
    Com o empate os alemães ficam em 1º no grupo e  escapam de enfrentar na próxima fase Barcelona, Atlético de Madrid, Arsenal, Juventus, Napoli e outros que também foram os primeiros de seus grupos. O Real, atual campeão, pode enfrentar uma pedreira dessas, que ficaram em 1º, por se classificar em 2º, assim como PSG, Porto, Sevilla, Bayern de Munique, Manchester City e outros que também ficaram em 2º nos seus grupos. Ronaldo completa seu 4º jogo seguido sem fazer gol em Champions League.

3 de dez. de 2016

Barcelona 1 x 1 Real Madrid

    El Clásico. Talvez o maior jogo entre clubes do mundo. Jogo repleto de gênios, Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar, Suárez, Modric, Benzema e outros. Dos 55 jogadores indicados para o melhor time do ano, 20 jogam no barça ou Real. Absursdo. Real é líder da liga com 33 pontos, está invicto e tem o melhor ataque, o Barcelona está em 2º com 27 pontos. O ano de 1943 foi um ano especial para o clássico, rolou um 5 a 5 em janeiro e em junho um monstruoso 11 a 1 para o Real Madrid. Em 2005 ocorreu um fato inédito, Ronaldinho Gaúcho, jogando pelo barça, fez 2 gols no 0x3, acabou com o jogo que foi no estádio do Real, e saiu aplaudido de pé pela torcida de Madrid.
    Além da rivalidade no esporte, na política a rivalidade é gigantesca, uma vez que o Real é vinculado a familia real, e o Barcelona é da Catalunha, região que quer sua independência da Espanha. Na ditatura de Franco, o barça sofreu muito, teve seu presidente executado sem julgamento e sua sala de trofeus bombardeada pelos fascistas. O Real foi usado como vitrine. Para hoje os merengues não contam com Bale e Kroos, que estão lesionados.
    Na entrada dos jogadores a torcida do Barcelona faz um belo mosaico cobrindo todo o Camp Nou. A peleja começa pegada, tensa, com muitas faltas. Os dois times buscam muito os lados do campo. Pelos blaugranos, Neymar é o mais acionado e pelos blancos, Marcelo tem muito espaço. Os visitantes chegam quase sempre pela esquerda com Marcelo, Modric, também do Real domina o meio campo e atrapalha demais Messi. O jogo é de poucas chances, mas os blancos estão melhores, controlam o meio campo graças a Modric e chegam perigosamente pela esquerda. O Barcelona não levou perigo, foi muito discreto. Fim da 1º etapa, onde o Madrid foi dominante e melhor.
    2º tempo começa e logo aos 7min Neymar cobra falta para Suárez, ele sobe muito e abre o placar de cabeça. 1x0. A marcação do Real não volta tão encaixada como no 1º tempo, Barcelona tem mais espaço. Iniesta, um dos jogadores mais inteligentes do mundo em campo entra no barça, ele muda o jogo. Com ele os mandantes dominam o meio campo, barça joga mais calmo e cria boas chances. Marcelo, que incomodou muito o Barcelona no 1º tempo, agora está melhor marcado. Os culés seguem apostando muito nas jogadas do lado de Neymar, ele chama jogo. Os blancos quase não ameaçam. Nos últimos minutos Modric cobra falta para área dos mandantes, Sergio Ramos sobe muito alto e muito livre, não perdoa, 1x1. Fim de jogo, 2º tempo o Barcelona controlou.
    Os 98 mil presentes não viram um super jogo, foi bom apenas. O barça completa 3 empates seguidos na liga, e o Real mantém uma invencibilidade de 26 jogos na liga com o 1x1. Com Messi, maior artilheiro da história do confronto passando em branco, ele completa 6 clássicos sem marcar, 'duelo' dele com Cristiano Ronaldo, foi apagado, nenhum se destacou muito, os que se destacaram de verdade foram Neymar e Iniesta do barça e do Real Modric e Marcelo.

2 de dez. de 2016

Chicago Bulls 111 x 105 Cleveland Cavaliers

     Grande jogo da conferência leste, os Bulls estão em 3º, com 10 vitórias e 7 derrotas, os Cavs, atuais campeões, estão em 1º, com 13 vitórias e 4 derrotas. O jogo tem uma pimenta diferente, Wade x LeBron, eles são melhores amigos e já ganharam 2 títulos juntos no Miami Heat. Mais curiosidades daes, o maior ídolo de LeBron é Michael Jordan, que jogou 14 anos nos Bulls e é um dos maiores jogadores da história do basquete. O duelo entre as duplas Butler e Wade x LeBron e Irving promete muito, 4 all stars na quadra em grande momento não é todo dia que se vê.
    A partida começa insana, os dois times partindo com tudo para o ataque e resolvendo rápido as jogadas. O jogo é praticamente de ataque x ataque, quase o jogo inteiro é de transição, as defesas não conseguem barrar os ataques. O 1º quarto termina com um placar alto, Chicago 30 x 33 Cleveland. 2º quarto começa mais devagar, os dois times pontuam muito no garrafão, da linha de 3, os Bulls não acertaram nenhuma. No meio desse quarto os mandantes encostam no placar, os cavs parecem mais cansados, administram a vantagem. O 2ºquarto acaba Bulls 29 x 27 Cavaliers. Na soma 59 x 60. Os dois times marcaram de forma preguiçosa e mal no 1º tempo, deixando os dois garrafões livres.
    2º tempo chega e os Bulls voltam dominando, viram e abrem 5 pontos de vantagem logo de cara. Finalmente cai a primeira bola de 3 dos mandantes, Wade é quem converte. As duas equipes continuam sem gastar todo o tempo de posse. Os cavs não aguentam o rítmo dos Bulls, rítmo que não é lá grande coisa... Chicago controla o 3º quarto. Bulls 88 x 80 Cavaliers. Para o último quarto os Cavaliers voltam agitados, logo no início os mandantes sentem dificuldade, mas conduzem o placar e apostam nas infiltrações de Butler e Wade, eles levam vantagem e finalizam os Cavaliers em um jogo onde Irving, dos cavs, não jogou nada bem, ficou devendo e Taj e Rondo, dos Bulls, superaram expectativas.
    Os dois times vinham de derrota, a vitória de hoje dos Bulls só mostra como o time é inconstante, no jogo anterior perdeu para os Lakers, que tem um time fraco e agora ganham dos Cavaliers, que é um dos favoritos ao título. Essa é a 3º derrota seguida dos cavs, todas nessa semana. Fato atípico. Pelos cavs, LeBron James fez um duplo duplo, 27 pontos e 13 assistências, Irving ajudou com 20 pontos e 8 assistências. Nos Bulls todos seus titulares fizeram no mínimo 10 pontos, destaque para Butler, que fez 26 pontos, Wade fez 24 pontos, Rajon Rondo, que deixou um triplo duplo, sendo 15 pontos, 11 rebotes e 12 assistências e para completar, Taj Gibson guardou 23 pontos, errando seu 1º arremesso no 3º quarto só.