20 de mai. de 2019

Final de semana de despedidas na Europa

    Muita coisa vai mudar para a próxima temporada. Bayern de Munique sem Rafinha, Robben e Ribery, Juventus sem o técnico Massimiliano Allegri e Barzagli, Atlético de Madrid sem a dupla Godín e Griezmann, Roma sem De Rossi, Manchester City sem Kompany e todos com uma grande interrogação na cabeça. O que será que essa nova temporada nos reserva?
    Para onde vão todos esses nomes? Quem vai substituir quem? Realmente, o mercado de transferências será mais quente do que eu imaginava, detalhe: eu já considerava que esse seria um dos mais quentes dos últimos anos.
    Vamos começar pelas partes mais fáceis: Juventus. Massimiliano Allegri, técnico que deu solidez à Juventus decidiu amigavelmente com a diretoria que era hora de uma mudança. De fato, era hora mesmo. A missão dele foi muito bem cumprida, agora, a Juventus precisa dar um passo a mais e esse passo é a Europa. Allegri bateu na trave duas vezes na Champions League, mas, em contrapartida, transformou um domínio nacional em hegemonia total. Massimiliano Allegri ganhou 5 vezes seguidas o Campeonato Italiano e 4 vezes seguidas a Copa da Itália, ou seja, de 2014 até 2018 a Juventus ganhou todas as competições de âmbito nacional. Tá bom né? Diante da falta de evolução na Champions, era hora de mudar mesmo, fizeram certo e da melhor maneira possível.
    Ainda na Juve, menção honrosa para a aposentadoria de Barzagli, cherifão que ficou de 2011 até 2019 no time de Turim e foi fundamental nos 8 Scudettos conquistados em sequência. Fora as Copas Itália, é claro. Foi no momento certo. Barzagli já tem 38 anos e cada vez mais perde espaço no elenco.
    Seguindo na Itália, uma história de amor linda acabou de uma forma não tão agradável. De Rossi e Roma foram um só durante 18 temporadas em sequência e o mais assustador é: não foram temporadas fáceis e regadas de títulos. De Rossi nunca ganhou um campeonato italiano, só venceu duas Copas Itálias nos 615 jogos pelo time da capital. Amor verdadeiro que não termina muito bem. De Rossi precisava renovar contrato e a Roma ofereceu um cargo de dirigente, coisa que ele não quer. De Rossi quer jogar. A saída já foi anunciada e ainda não se sabe para onde ele vai. Eis a grande questão: ele vai sair mesmo ou vai dar para trás? Não acho que foi a melhor saída, deveria aposentar na Roma e coroar a carreira.
    Alemanha. O Bayern sofre, mesmo depois de ganhar o heptacampeonato alemão seguido. O lateral Rafinha fechou com o Flamengo. Robben e Ribéry vão sair. Isso sim é o fim de uma era. Um tempo glorioso em que os 3 jogadores ganharam tudo que era possível. Robben e Ribéry tiveram relações de altos e baixos. O fundo do poço foi quando Ribéry socou Robben na temporada 2011-2012, que ficou com a cara bem inchada. Depois disso o auge.
    Ribéry foi o primeiro a chegar ao Bayern. Desembarcou em 2007 e fez 424 jogos, com 124 gols e um caminhão de títulos: 9 campeonatos alemães (7 em sequência e um bi consecutivo) 1 Champions League, 5 Copas da Alemanha e muito mais. Sério, bem mais.
    Robben completou 10 anos de casa e ganhou quase a mesma coisa que Ribéry em 308 jogos e com 144 gols venceu 4 Copas da Alemanha e 8 Bundesligas, fora a Champions e outros canecos de menor grau de importância. Rafinha teve menos tempo, de 2011 até aqui, mas mesmo assim, teve uma despedida de rei depois de ser heptacampeão Alemão em sequência, campeão da Champions League e tricampeão da Copa da Alemanha. Sinceramente: gostaria que Robben e Ribéry se aposentassem no Bayern, mas não vai rolar. Ribéry deve ir para mercados alternativos enquanto Robben deve ficar pela Europa de acordo com as especulações.
    Na Espanha, o Atlético de Madrid entrará na nova temporada fortemente desconfigurado. Griezmann e Godín eram dois estandartes do time. Godín vai para a Inter de Milão depois de vencer duas Ligas Europa, 1 La Liga e 1 Copa do Rei entre outras conquistas. Griezmann está há 5 anos no Atleti e marcou época por fazer 133 gols em 257 jogos e, mesmo sem não ter ganhado muitos títulos, era muito querido pela torcida colchonera. De relevância mesmo, Griezmann venceu uma Liga Europa.
    Por fim, Kompany e o Manchester City. Para se ter uma ideia da relevância de Kompany, o City tem 6 campeonatos ingleses, Kompany ganhou 4. Detalhe, todos como capitão. Além disso, 4 Copas da Liga Inglesa e 2 Copas da Inglaterra. Kompany é um símbolo de um Mancherster City forte. Foram 359 jogos pelo clube e uma idolatria infindável. Kompany agora volta para a Bélgica e vai ser ao mesmo tempo treinador e jogador do Anderlecht. Acho que foi na hora certa, fechou uma bela história.
    Um detalhe não planejado, mas que agoniza ainda mais a melancolia do texto é: exatamente 1 ano atrás Iniesta fez seu último jogo pelo Barcelona e, seu fiel companheiro Xavi, anunciou hoje que vai deixar os gramados após passar completar 100 jogos pelo Al-Sadd.