23 de fev. de 2019

O clássico da saudade que colocou frente a frente a excelência do ataque contra a da defesa no Brasil

    Eis que surge uma nova era nesse blog! Fica para trás o bom, velho e útil texto descritivo e puramente de análise para contar os fatos em troca de um molde mais opinativo, menos burocrático e não necessariamente sobre jogos, sim sobre temas do futebol. Para a estreia do novo modelo, o meio termo: a opinião sobre um clássico, o Clássico da Saudade, Palmeiras x Santos.
    Um clássico muito legal para quem gosta de tática! Um dos maiores expoentes do futebol propositivo, Sampaoli, enfrentando talvez o técnico  brasileiro mais bem sucedido da história, com seu futebol reativo, Felipão.
    O Palmeiras começa muito bem, marcando o Santos e não permitindo que a bola passasse do meio-campo, destaque para os defensores do Palmeiras: Luan, Gustavo Gómez e Thiago Santos principalmente, jogaram muito bem e, por incrível que pareça, fazendo marcação individual, com muitas perseguições, que deram certo.
    O habilidoso ataque do Santos com Rodrygo, Cueva, Jean Lucas, Derlis González e companhia não consegue se destacar em um jogo de poucas chances criadas por parte do Santos.
    Palmeiras chega um pouco melhor no ataque e com maior frequência que o Santos - Borja perde um gol impressionante, que não poderia ser perdido - e o juiz consegue deixar o jogo mais nervoso por marcações no mínimo contestáveis. Assim acaba o bom e legal 1º tempo.
    No segundo tempo a tônica não muda, Raphael Veiga parece se esconder em campo e quando o Palmeiras chega pelos lados e cruza, gera muitos problemas ao Santos.
    Palmeiras continua menos com a bola e sendo mais vertical, com mais facilidade para criar chances perigosas, o Santos tem a bola mas não ameaça. Palmeiras neutraliza a saída de bola do Santos, que não consegue passar muito do meio-campo e quando o Palmeiras quer, aperta a marcação e faz a bola voltar para os defensores do Peixe.
    Sampaoli mexeu mal, acabou desorganizando o time, Palmeiras aumentou o domínio, pressionou e não sofreu. Nos finalmentes, um abafa, mas o jogo termina no 0.
    Os destaques no jogo (em ordem decrescente): Felipe Pires, Gustavo Gómez, Everson, Dudu, Thiago Santos e Diego Pituca.
    Destaques negativos: (em ordem decrescente): Raphael Veiga, Rodrygo, Borja e Cueva.
    Santos tira quatro bolas em cima da linha praticamente. No jogo do melhor ataque, o Santos (16 gols feitos) contra a melhor defesa, do Palmeiras (2 gols sofridos), quem levou e foi melhor foi o Palmeiras.