28 de dez. de 2021

Saída de Cuca era anunciada, mas surpreende mesmo assim

É preciso respeitar as decisões "particulares" ou por "problemas familiares", mas a frequência que essa justificativa é usada por Cuca salta os olhos, principalmente após ótimos trabalhos.

Cuca, de fato, tem muitos problemas familiares, sobretudo relacionados a sua saúde, que é bem delicada, e de sua mãe, mas é curioso que isso não o impeça de aceitar os trabalhos, já que, por exemplo, o técnico aceitou o convite do Atlético no começo desse ano enquanto sua mãe estava internada com graves problemas de saúde - já saneados.

Foi com o Palmeiras em 2016, após ser campeão do Brasileirão e tirar o time de uma fila de 22 anos sem esse título, com o Santos em 2020, após ser vice-campeão da Libertadores e agora, com o Atlético-MG depois de um Campeonato Brasileiro - que não era conquistado há 50 anos-  e uma Copa do Brasil. Ótimos trabalhos, com perspectiva para o ano seguinte, e que não tiveram continuidade.

Cuca faz isso. Ganha e sai. Pode ser porque não gosta de disputar estaduais? Pode, qual técnico que gosta? Se for campeão, é o mínimo, se perder, foi um vexame, além disso, não precisa montar o elenco e ainda pode curtir umas férias mais longas. Faz sentido.

Fato é que Cuca está se tornando, por causa das suas próprias atitudes, um treinador de um ano só. Não um bombeiro, que chega para apagar o fogo de times desesperados na parte debaixo da tabela, mas um bombeiro que entrega títulos em curto prazo e vai embora. Tira times da fila e segue sua vida.

É um problema? Não é, é uma característica dele. Antonio Conte, técnico italiano, tem essa mesma postura. Assume times que precisam desesperadamente sair da fila, vence títulos e vai embora. Tudo em menos de dois anos e vida que segue.

Tudo faz parte do plano de carreira de cada um, mas não deixa de ser curioso e precisa ser relativizado o quão bom é ter esse rótulo. Cuca poderia ser hegemônico com esse time do Atlético-MG ou com o do Palmeiras em 2016, mas optou por rodar por outros clubes.

Enquanto todos os técnicos desejam um projeto de longo prazo, estabilidade, confiança da diretoria e tempo para montar elenco, Cuca parece que prefere evitar isso. Pega o elenco montado, faz o possível agregando uma ou outra contratação e entende seu trabalho como finalizado após poucos meses. Não é nada usual, principalmente entre os brasileiros, mas será que ele não está correto? Cuca vem fazendo isso e obtendo bons resultados.

Cuca sai sempre por cima, não é demitido e mantém, geralmente, sua história intacta nos clubes depois de fazer um bom trabalho, não há tempo hábil para a deterioração do clima, já que ele logo sai do time. Ficam sempre as memórias boas dele e dos seus times de um ano só.

O mais curioso é que Cuca sempre volta para algum outro time, geralmente pouco tempo depois de suas saídas, quase sempre depois do final do Estadual e antes do começo do Brasileiro e, de maneira geral, recuperado e pronto para mais desafios, sem problemas particulares ou de saúde.

De todo modo, até logo, Cuca, tenho certeza que logo veremos você em um outro time da elite do Brasil, por mais que o técnico tenha se comprometido com o Atlético em não assumir nenhum outro clube em 2022.

Ao clube que contratar Cuca: esteja ciente, um amor de verão pode vir, mas nada duradouro é garantido. Além disso, Cuca não é uma certeza de ótimos trabalhos, o técnico também já fez trabalhos bem ruins em gigantes do futebol brasileiro.

20 de dez. de 2021

Últimos anos provam: é hora dos gigantes acordarem

Camisa já não resolve mais nada. Torcida ajuda, mas não é garantia de sucesso e "tamanho", hoje mais do que nunca, não é documento na Série A do futebol brasileiro.

O Brasileirão de 2021 serviu para confirmar uma tendência que, há alguns anos, já vinha se desenhando: times de porte médio/novatos são mais organizados internamente e sabem de suas limitações e objetivos melhor do que times grandes, que ainda pecam na megalomania.

Quem imaginaria em pleno 2022 uma Libertadores com América-MG, Bragantino e Fortaleza? Ceará, Atlético-GO, Cuiabá e Juventude na primeira divisão e, exceto o Juve, todos na Sula. Não chega a ser uma inversão de grandezas, mas prova que esses times estão sabendo jogar melhor o "campeonato deles" e sem fazer loucuras.

É claro que o regulamento de hoje, com muitas vagas para Libertadores e Sul-Americana, facilita isso, mas, ao mesmo tempo, estamos falando de Internacional, Grêmio, São Paulo, Santos e Athletico-PR não conseguirem ficar sequer em 8° e terem de se contentar com a Sul-Americana. Cada um tem seu motivo e justificativa, mas é certo que deve saltar os olhos.

Basta ver, nos últimos 10 anos, praticamente sempre caiu pelo menos um time grande para a Série B. Isso não pode ser coincidência. Quando não caiu um grande, bateu na trave

É hora de os times grandes assumirem que não dá para brigar por títulos todos os anos só com o peso da tradição ou no "contra tudo e contra todos". É preciso um projeto para estruturar o clube internamente e, quando ele estiver pronto para disputar títulos, aí sim disputar. Hoje, os times que fizeram isso no passado, colhem os frutos.

É um caminho longo pelo vale da sombra e da morte até chegar ao paraíso. O melhor exemplo é o Palmeiras, começou sua reestruturação interna com Paulo Nobre, caiu para Série B e, mesmo assim, não saiu dos trilhos ou abdicou da proposta. Hoje, 9 anos depois, o time embolsou duas Libertadores e inúmeros outros títulos com a casa arrumada e um time forte.

Coragem e coerência são indispensáveis para fazer isso. Críticas e chacotas vão acontecer, pressão da torcida e da imprensa também, mas é preciso se manter firme e forte na direção correta. Hoje, quem tenta seguir os passos que Palmeiras e Flamengo já percorreram, é o Santos. Vamos ver como será o final da história.

Veja as quedas dos grandes/gigantes nos últimos 10 anos:

2011- Caiu: Athletico-PR // Cruzeiro e Atlético-MG ficaram no quase;
2012- Caíram: Palmeiras e Sport;
2013- Caíram: Vasco e "Fluminense" - Imbróglio com a Portuguesa;
2014- Caíram: Botafogo, Bahia e Vitória // Palmeiras bateu na trave;
2015- Caíram: Vasco e Goiás;
2016- Caiu: Internacional // Vitória passou perto;
2017-   ---------------------
2018- Caiu: Sport // Vasco bateu na trave;
2019- Caiu: Cruzeiro;
2020- Caíram: Botafogo, Vasco, Goiás e Coritiba;
2021- Caíram: Grêmio, Bahia e Sport.

10 de dez. de 2021

Seleção do Brasileirão 2021

                                                        Esquema: 4-3-3

Goleiro: João Paulo (Santos)
Lateral esquerdo: Guilherme Arana (Atlético-MG)
Zagueiro: Nathan Silva (Atlético-MG)
Zagueiro: Léo Ortiz (RB Bragantino)
Lateral direito: Yago Pikachu (Fortaleza)
Volante: Jair (Atlético-MG)
Meias: Gustavo Scarpa e Raphael Veiga (Palmeiras)
Atacantes: Artur (RB Bragantino), Hulk (Atlético-MG) e Michael (Flamengo)
Técnico: Cuca (Atlético-MG)

Melhor ataque: Flamengo - 69 gols
Craque do Brasileirão: Hulk (Atlético-MG)
Revelação do Brasileirão: Éderson (Fortaleza)
Melhor defesa: Atlético-MG - 34 gols
Surpresa negativa do Brasileirão (time): Grêmio - 17 °
Surpresa Positiva do Brasileirão (time): Fortaleza - 4 °
Mais assistências: Gustavo Scarpa - 13
Artilheiro: Hulk - 19 gols 

Time B

Goleiro: Walter (Cuiabá)
Lateral esquerdo: Filipe Luís (Flamengo)
Zagueiro: Marcelo Benevenuto (Fortaleza)
Zagueiro: Junior Alonso (Atlético-MG)
Lateral direito: João Lucas (Cuiabá)
Volantes: Edenílson (Internacional) e Allan (Atlético-MG)
Meia: Nacho Fernández (Atlético-MG)
Atacantes: Ademir (América-MG), Roger Guedes (Corinthians) e Keno (Atlético-MG)
Técnico: Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza)


8 de dez. de 2021

Atlético coroa projeto de anos com título do Brasileirão 2021

O Atlético-MG ganhou o Brasileirão depois de 50 anos e uma campanha irretocável, sendo quase perfeito em casa, casca grossa fora e apresentando um bom futebol, mas o time já vinha ficando no "quase" do título do Brasileirão há alguns anos.

Só na última década o Atlético "bateu na trave" três vezes. Em 2020, terminou em terceiro, mas apenas três pontos atrás do campeão, já em 2015, o Galo foi segundo com dois pontos a menos e, em 2012, de novo ficou com o vice, mas cinco pontos atrás.

Até o momento, não é um projeto tão sólido e linear em conquistas em campo e extracampo quanto o de Palmeiras e Flamengo, que já estão nos trilhos há alguns anos, mas a projeção para o futuro do Atlético é, além de ambiciosa, positiva.

Um bom técnico com um bom time, geralmente, dá em títulos. É preciso ver como o Atlético vai equacionar sua dívida, que é astronômica, com a construção de uma nova arena, mas, em campo, tem tudo para continuar brigando na parte de cima dos principais campeonatos, não acredito que 2021 tenha sido um amor de verão.

Bater Campeão Brasileiro, semifinal da Libertadores e final da Copa do Brasil não é para qualquer um. A cereja no bolo atleticano já veio, resta ver os adereços e os próximos títulos do clube, mas 2021 sempre será um ano especial para os torcedores.

O título brasileiro de 2021 tem um dono incontestável e muito merecido, diferente do de 2020, que foi meio aos trancos e barrancos. A campanha do Atlético não deixa margens para o "e se". O único "e se" que poderia tirar o título dele é: "e se o Galo não disputasse?". Parabéns, Atlético.

30 de nov. de 2021

Todos os torcedores gostariam de torcer para um Palmeiras hoje

Não é todo dia que acontece de um clube se sagrar bicampeão consecutivo da Libertadores. O último a conseguir o feito foi justamente o Boca Juniors, em 2000/01 com uma conquista justamente em cima do Palmeiras, o time que quebrou o tabu 20 anos depois.

"Querer que o seu time seja o Palmeiras", ou se torne, vai muito além das conquistas atuais. Passa por tratar a pandemia de uma maneira humana, ter paciência com a melhor geração de "Crias da Academia" de sua história, equacionar e lidar bem com suas dívidas e situação financeira, além de ter uma das mais modernas arenas - e modelos de gestão - da América Latina, passando, claro, por um patrocinador forte.

O cenário é o ideal para um clube seguir sendo campeão constantemente, mas não significa a certeza de que ganhará todos os anos. O próprio Palmeiras explica isso, tinha todos esses fatores em 2017, por exemplo, e passou em branco, assim como em 2019.

Os fracassos formam caráter e esse time do Palmeiras, na mesma medida que tem muitas glórias, passou por inúmeros fracassos, como perder três finais de campeonatos paulistas, duas recopas nos pênaltis, o Mundial e tantos outros desde 2015. É preciso aceitar, nem sempre se ganha e, quando se perde, é preciso formar uma casa. Esse atual elenco do Palmeiras já formou.

Hoje, o torcedor palmeirense é privilegiado, o técnico é palmeirense e entende como a torcida quer o time, os jogadores são conectados com a torcida e deixam tudo em campo e a diretoria, por mais que seja muito criticada, tem também motivos para receber elogios. Hoje é fácil torcer para o Palmeiras.

Nem sempre foi. O clube, que hoje é tricampeão da Libertadores, 9 anos atrás, em 2012, estava caindo para Série B e, seu maior rival, o Corinthians, era o atual campeão da Libertadores e Mundial. Como se não bastasse isso, o São Paulo tinha acabado de conquistar a Sul-Americana.

O Palmeiras e toda sua torcida provou do amargo pra saber o verdadeiro gosto do doce, que vive agora, e sabe apreciar. A conquista da Libertadores tem uma cara: Abel Ferreira, e vários personagens. Gustavo Gómez, Raphael Veiga, Dudu, Felipe Melo, Weverton entre outros.

Estar nos trilhos, como o Palmeiras está, é fácil, mais fácil ainda é sair dos trilhos e é um milhão de vezes mais difícil voltar à eles. Verde até pode ser a cor da inveja hoje, mas é preciso ser a cor da coerência, como vem sendo, nos próximos anos se o Palmeiras quiser ser o time que todos gostariam de torcer.

25 de nov. de 2021

Grêmio decidirá amanhã em qual divisão vai jogar ano que vem

O Grêmio visita o Bahia amanhã em um jogo que terá o valor de uma "final" para ambas equipes, que podem morrer abraçadas em caso de empate ou escapar com uma vitória contra um concorrente direto.

No momento, o Bahia tem 37 pontos e está na zona de rebaixamento com 33 partidas realizadas. O Grêmio soma 36 pontos, mas já fez 34 jogos e está uma posição abaixo do Bahia. Lembrando: o Campeonato Brasileiro conta com 38 rodadas e o primeiro time fora do Z4, o Juventude, tem 40 pontos em 34 jogos.

Quem ganhar respira. Se o Grêmio perder, não acredito que conseguirá escapar e se manter na elite, já que enfrenta ainda São Paulo, Corinthians e Atlético-MG (que já deve estar coroado como campeão).

O Bahia precisa desesperadamente da vitória para manter o Grêmio abaixo - com certa distância, e chegar no Juventude. Vale ressaltar que o Bahia ainda enfrenta o Atlético-GO, que não se livrou completamente do rebaixamento e tem 41 pontos, ou seja, o Bahia fará dois confrontos diretos seguidos e eles vão definir o futuro do time.

Se o Bahia vencer ambos confrontos, dispara, chega em 43 pontos e termina o campeonato contra Atlético-MG, Fluminense e Fortaleza. O Bahia pega o Grêmio sexta e o Atlético-GO na segunda e essas partidas são as que vão definir em qual divisão o time jogará na próxima temporada.

A situação do Grêmio é bem mais complicada, seja por ter menos pontos, menos rodadas para disputar ou por ter uma tabela mais desagradável. Para o Grêmio, só vitórias interessam, qualquer resultado diferente disso agora é sinônimo de Série B com Vasco, Cruzeiro e cia em 2022.

O Grêmio vive um momento melhor que o Bahia, que não vem desempenhando bem. O empate é ruim para o Bahia, mas ainda o mantém com chances mínimas por conta do outro confronto direto, mas acho que já rebaixa o Grêmio.

Uma vitória gremista coloca mais fogo no campeonato e "reabre" uma vaga à segunda divisão 2022, mas vai precisar ser acompanhada de muitos tropeços de Juventude, Atlético-GO, São Paulo, Athletico e Santos para valer de algo.

17 de nov. de 2021

Todos gostariam de torcer para seleção do Tite, menos os brasileiros

Ontem o Brasil empatou fora de casa com a Argentina sem seu maior craque. Argentina foi com o que tinha de melhor e atual campeã da Copa América, em cima do Brasil e no Maracanã. 

As Eliminatórias Sul-Americanas já não tem mais valor para o Brasil. A seleção se classificou à Copa do Mundo com seis rodadas de antecedência e invicta. Isso é um absurdo e algo nunca antes visto. Provavelmente, não será visto depois da saída de Tite também. Agravante: a geração de jogadores não é a melhor que temos. O técnico não foi carregado pelo talento em campo.

Enquanto isso, do outro lado do mundo, a Itália, atual campeã da Eurocopa, vai enfrentar sua segunda repescagem à Copa do Mundo seguida. Portugal, com Cristiano Ronaldo e, talvez, a melhor geração de sua história, também. A Holanda só garantiu a vaga na última rodada, depois de ficar de fora da Copa do Mundo de 2018, e tanto Alemanha quanto França se classificaram com duas rodadas de antecedência.

Reparou no tamanho da disparidade? O grupo da Itália, que fez com que ela jogasse a repescagem é: Suíça, Irlanda do Norte, Bulgária e Lituânia. Mamão com açúcar para a atual campeã europeia e a seleção que ficou 37 jogos seguidos apresentando bom futebol, sofrendo poucos gols e sem perder, né? Parece que não.

Portugal ficou no Grupo A com: Sérvia, Luxemburgo, Azerbaijão e Irlanda. Falhou também. E se fosse a seleção brasileira? Tite estaria preso. E se Neymar estivesse nela? Não pisaria mais no Brasil. Na América do Sul, o Brasil enfrentou adversários mais cascudos como: Uruguai, Argentina e Colômbia e, mesmo assim, atropelou.

Existe um ranço pela seleção por N motivos. "Jogar contra Bolívia e Venezuela é fácil", parece realmente que, quando tudo é bem organizado, é fácil mesmo. Aliás, jogar contra Lituânia e Luxemburgo me parece um grande desafio.

Tenho muitas ressalvas ao jeito que Tite comanda a seleção e, principalmente, convoca, mas é preciso ressaltar que o trabalho é impecável. Em um país resultadista, ele entrega resultados, mantém seu emprego e o sonho vivo de disputar mais uma Copa do Mundo. Ponto.

Se o Brasil desse show, jogasse um futebol maravilhoso e ficasse fora de uma Copa do Mundo pela primeira vez na sua história, Tite e Neymar seriam reverenciados aqui? Certeza que não. Quem sabe agora, já classificado, Tite não arrisque um pouco mais.

10 de nov. de 2021

Felipão é pouco reconhecido pelos seus feitos

Felipão completou 73 anos de vida nessa semana e, ao meu ver, poucas pessoas dão o devido valor para o técnico que ganhou tanto, incluindo uma Copa do Mundo invicto.

É claro que as torcidas que foram felizes com ele não esquecem as duas Libertadores conquistadas, quatro Copas do Brasil, dois Brasileirões e afins, mas grande parte das pessoas só pensam em rótulos como 'retranqueiro', 'ultrapassado' e '7x1'.

Até onde isso é justo? Estamos falando, em termos de conquistas, de um treinador facilmente top3 da história do Brasil e de Portugal, onde ele é muito admirado e reconhecido pelo vice-campeonato da Eurocopa de 2004 e o quarto lugar na Copa de 2006 com o país.

Além disso, é uma pessoa que não trabalha apenas com 'camarões', como ele mesmo diz. Fez longo trabalho em um Palmeiras fraquíssimo, apenas com 'sardinhas' entre 2010 e 2012, no Cruzeiro na Série B, onde a missão era não cair à C e ele cumpriu e no Grêmio, em 2021, quando assume o Grêmio no z4, de onde não saiu com o Felipão, mas teve aproveitamento equivalente ao 7° colocado no Brasileirão. É preciso coragem e ele a tem, além de sempre demonstrar seu carinho e gratidão aos clubes, o que nem sempre é retribuído.

Óbvio que as falhas e os deméritos existem, mas é injusto apenas falar deles quando se trata de um treinador que, por muito, tem mais méritos em sua trajetória profissional.

Diante de tudo isso, vejo que apenas os torcedores do Palmeiras e a instituição tratam Felipão como 'imortal', enquanto, para outros clubes, ele é só mais um grande técnico célebre. Parabéns, Felipão. O Scolarismo ainda vive, é admirado e valorizado. Todo dia é dia de um vencedor como você.

5 de nov. de 2021

Hoje Neymar é 'lobo solitário', mas amanhã pode ter boa matilha

 Os brasileiros sempre estiveram acostumados com grandes gerações de craques na seleção. Pelé, Garrincha e mais uma rapaziada. A turma de 82. Romário, Bebeto, Zinho, Dunga, Taffarel e a geração dos melhores do mundo, os 'R´s', que aterrorizavam a Europa na mesma medida que traziam encanto. Neymar nunca teve isso.

Ronaldinho, Rivaldo, Roberto Carlos, Kaká (Ricardo), Ronaldo Fenômeno e Romário. O 'fundão' dos anos 90 e começo dos anos 200 foi uma safra diferenciada e abençoada, mas curiosamente não é a de ouro, é a dos melhores do mundo. Todos citados foram, excessão a Roberto Carlos, lateral que foi vice de Ronaldo. Mesmo assim, a geração que trouxe a primeira medalha de ourou nas Olimpíadas é a de Neymar e só. Mais ninguém para o ataque.

Neymar estreou em 2010 na seleção principal e já meteu um gol e, desde então, procuramos parceiros bons para ele e não chegamos a nada longevo. Durante todos esses anos ele foi inquestionável. Já pensamos em Coutinho e Everton Cebolinha, hoje olhamos para Paquetá, Raphinha e Firmino. Grande abismo para os anos 90-00.

Adriano Imperador, Robinho, Alex e tantos outros craques também faziam parte da geração mais talentosa da história, seriam titulares absolutos hoje e nenhum deles sobrou para passar o bastão para Neymar, que teve que assumir o protagonismo sozinho, desde cedo.

Hoje, olhamos para a safra dos nascidos entre 1997 e 2002, a segunda geração, literalmente, de ouro, e temos esperança. Quem sabe Neymar não pode ser o veterano que vai passar o bastão para algum jovem? Vinícius Júnior, Antony, Gabriel Jesus, Rodrygo e até mesmo os jovens que atuam no futebol brasileiro ainda em Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Grêmio, principalmente.

Neymar é um caso curioso. Na mesma medida em que é sortudo, por tudo, é um azarado, por quase tudo também. É muito craque, mas talvez fosse apenas 'mais um', como tantos foram se tivesse nascido mais cedo e, se algum desses que era preterido nos anos 90-00 tivesse nascido mais tarde, seria o grande par de Neymar.

Resta torcer para o desenvolvimento desses jovens bons e promissores que o Brasil tem. Quem sabe eles não desabrocham ainda em tempo de tirar a responsabilidade de Neymar na seleção e deixá-lo se divertir um pouco com a amarelinha.

28 de out. de 2021

A 'lua de mel', que dura '10 dias' no futebol brasileiro

 'Ontem', foi com o Palmeiras, 'hoje', é com o Flamengo, ambos finalistas da Libertadores. As duas equipes mais bem-sucedidas na última década do futebol brasileiro vão fazer a final da Libertadores em menos de um mês e, mesmo assim, as torcidas insistem em demonstrar uma insatisfação exagerada.

No começo de outubro, o Palmeiras perdia para o Bragantino em casa e era Abel Ferreira e seus comandados que ouviam 'time sem vergonha', e 'Ei, Abel, vai tomar no c*'. Crise, possibilidade de demissão e ninguém prestava. Hoje, após três vitórias seguidas no Brasileirão, até jogadores questionados estão em paz.

O roteiro é o mesmo com o Flamengo que, poucos dias atrás, já era o campeão da Libertadores, goleava todos os adversários, apresentava um futebol vistoso, 'estilo brasileiro' e a grande dúvida era apenas de quanto o time ganharia do Palmeiras na final. Sem mais nem menos, tudo muda. Ninguém presta mais, técnico deve sair, o jogam copo de cerveja no 'príncipe', e o caos mudou de lado.

Caos esse, que não deveria existir em nenhum dos times. Derrotas e instabilidades acontecem, assim como bons e maus desempenhos. No mesmo dia que o Flamengo foi eliminado tomando um 3 a 0 em casa na Copa do Brasil, o poderoso Bayern de Munique tomou 5 a 0 e foi eliminado na Copa da Alemanha. Doce coincidência. Ninguém pediu a cabeça do Neuer, ou do técnico, muito menos jogaram um copo de cerveja em Lewandowski.

A pressão é tão grande, que Renato Gaúcho chegou a entregar o cargo, segundo o GE, mas a diretoria recusou. Renato comandou o time em 27 jogos, venceu 18 e perdeu apenas 4 e com um detalhe, com grandes atuações e goleadas. Qual outro técnico conseguiria isso?

Assim como Abel Ferreira no Palmeiras, que é um sucesso, Renato parece ser o melhor nome para o Flamengo, mesmo tendo arestas para corrigir. O time já entregou resultados e um bom desempenho e não pode ser por uma sequência de 3 jogos sem ganhar no Brasileiro e uma eliminação que tudo será destruído.

Falta menos de um mês para a final da Libertadores, tempo suficiente de sanear a crise do momento no Flamengo e criar mais duas, assim como, no Palmeiras, se pode acabar com o sossego e a 'lua de mel' momentânea, criando mais algumas turbulências.

Assim como os jogadores, o caos não descansa no futebol brasileiro e, só quem tem a perder, é o próprio futebol.

21 de out. de 2021

'Corajoso' Fortaleza foi amassado e logo será esquecido

 Ontem o Fortaleza jogou contra o Atlético-MG, que estava em uma noite mágica, e levou um sonoro 4 a 0 no jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil.

Mesmo desfalcado e com tudo aquilo que nós já sabemos, menos investimento, camisa e etc, o Fortaleza jogou pela ideologia. Abeto, foi pra cima, não recuou e foi "corajoso" contra o time mais perigoso e que apresenta melhor futebol no país. Não teve a menor chance e não será lembrado.

Num Brasil cada vez mais com a memória mais curta, só se lembra dos "cases de sucesso". Juventude em 1999, Paulista de Jundiaí em 2005, Ituano em 2014 e etc. Títulos. Todos os outros que morreram pela ideologia e não foram campeões, ninguém se lembra, não importa o quão mágico tudo parecesse durante os 90 minutos.

Exceções feitas para o Brasil de 82 e a Holanda em quase todas as Copas que foi bem. Não é certo esquecer tudo o que foi feito pelo Fortaleza e, principalmente, por Vojvoda, mas fatalmente será esquecido.

É duro imaginar ele concluindo um ano de trabalho no time. Uma decepção no Estadual, uma Copa do Nordeste mais ou menos e uma Libertadores ruim, cenário super factível, já calha em demissão. E ninguém vai lembrar do futebol "corajoso" apresentado pelo time durante quase toda a temporada de sucesso de 2021.

O Barcelona-EQU também foi corajoso contra o Flamengo nessa edição da Libertadores, curiosamente, também nas semifinais. Mais curioso ainda: tomou 4 no agregado, foi eliminado e ninguém nem se lembra mais de nada, apenas que o Flamengo é finalista novamente.

Com esse cenário de disparidade técnica absurda que Flamengo e Atlético-MG tem para os demais, pouco compensa, de maneira racional, ser "corajoso", é pedir para tomar muitos gols, fazer poucos e ainda ser apunhalado pela própria torcida e imprensa. Não se enganem, o que mais importa é o resultado, sempre foi e sempre será.

Numa terra de covardes sem memória, não compensa nadar, nadar e nadar pela ideologia, fatalmente, uma hora ou outra, você morre na praia e ninguém lembra de nada. Uma pena.

14 de out. de 2021

São Paulo comete erro terrível ao demitir Crespo

 A diretoria do São Paulo entendeu ontem que o melhor seria a demitir o técnico Hernán Crespo, um erro crasso, na minha opinião. O treinador era um dos problemas do clube? Sim, o menor deles. Agora o time tem uma perspectiva de melhora? Não, e o futuro é 100% incerto.

'Vencer a Copa do Mundo', isso que Crespo precisava fazer a todo custo, e fez. Ganhou o Paulistão 2021 e tirou o São Paulo da seca. O objetivo foi concluído e, com isso, a conta vai chegando diariamente com o desgaste físico e mental dos atletas, da diretoria com a torcida e do clube por si só.

O São Paulo vinha jogando mal, mas existem coisas em um campo de futebol que não são culpa do técnico. 'Os jogadores são os donos do espetáculo', mas quem sempre assume a reponsabilidade, como se fosse o dono, é o técnico.

O Rogério Ceni vem aí, com reprovação da torcida - acredite se quiser - um time muito desfalcado, com aproveitamento ruim em casa e fora, desempenhando um futebol que não gera resultados e que parece estar implodindo internamente. Cenário parecido com 2017, também com Rogério no comando do caos, quando Hernanes voltou e salvou o time do rebaixamento inédito.

Ceni pode dar aquele novo ânimo e ganhar jogos, mas não creio que o trabalho dele, no geral, será melhor do que o de Crespo. O técnico argentino tirou o máximo que se podia tirar desse elenco, por mais que tenha sido por pouco tempo.

Hoje, não acho que o São Paulo será rebaixado, mas a cartilha está sendo cumprida. Diretoria sem rumo, desempenho ruim em casa e fora, muito barulho sobre o que acontece internamente, troca de técnico sem grande perspectiva e o apego ao passado, que não volta mais.

Mesmo com desempenho recente bem ruim, ainda acho que a melhor perspectiva para o São Paulo no futuro era permanecer com Crespo no comando, um técnico jovem, que já mostrou ser habilitado e que, com certeza, fará muito sucesso em uma situação de um pouco mais de estabilidade, já o São Paulo, boa sorte com Rogério Ceni.

8 de out. de 2021

Versão ‘Zumbi’ do Palmeiras pode ser a mais perigosa para os rivais

Palmeiras, no momento, é um morto-vivo no Brasileirão e esse é o jeito em que o Palmeiras é mais perigoso para os concorrentes ao título. Vai comendo pelas beiradas, com um “futebol feio”, na base da “sorte” e vai ficando por ali, sempre nas sombra de alguém e sem os holofotes.

Às vezes dá, às vezes não. De descartado a candidato ao título, sempre sem a pressão de ser campeão.

O Palmeiras é o azarão mais perigoso que poderia existir para os rivais. Tem bom técnico, é um time cascudo, experiente e é acostumado a ser campeão.

Esse elenco do Palmeiras já provou que pode ser tubarão ou peixinho dourado. É  perigoso, na mesma medida, para os outros e para si. Tanto pode arrancar para o título, quanto pode ser blasé e vacilar, como tem acontecido.

29 de set. de 2021

Contra tudo e todos, Abel prova ser o melhor, de novo

Abel Ferreira tem enfrentado pouca análise séria e muito menosprezo e opinião contrária da mídia, das torcidas rivais e até da sua própria torcida, que, cega em convicções e opiniões alheias, mal-intencionadas e tendenciosas, muitas vezes não pensa e analisa o fato que há por si só.

“Retranqueiro”, “covarde”, “sortudo”,  “mexe mal”, são apenas alguns rótulos depreciativos e injustos que atribuem a Abel Ferreira tentando minar e diminuir o trabalho excelente que o técnico faz no Palmeiras. O melhor trabalho feito no time nesse século, um trabalho dos sonhos e que assim seria, mesmo se não tivesse se classificado à segunda final seguida de Libertadores.

Com uma diretoria omissa, um time pior tecnicamente e com tudo contra o Palmeiras, até o regulamento, que permitiu torcida em um jogo só, Abel se provou, novamente, um gênio da bola e um estrategista brilhante, coisa que vemos raramente por aqui.

Hulk, Arana, Nacho e outros destaques a nível nacional do Atlético não jogaram bem nos 180 minutos contra o Palmeiras e foram anulados por jogadores piores. Qual o motivo? Desaprenderam a jogar futebol? Aquele que não consegue ver ou não dá o braço a torcer, tem a resposta na ponta da língua: "Sorte". Não foi Abel que, estrategicamente, anulou todos os pontos fortes do Atlético e escondeu os pontos fracos do Palmeiras, foi a "sorte" de "um dia ruim".

Tudo bem, o que precisava ser respondido já foi provado e não é preciso responder em palavras, a resposta vem no campo, depois de trabalhar e pensar muito fora dele. Contra tudo e contra todos, a fé segue inabalável no verde e em quem tem sangue verde, Abel Ferreira, o melhor.

26 de fev. de 2021

Seleção do Brasileirão 2020

 Esquema: 4-3-3

Goleiro: Weverton (Palmeiras)
Lateral esquerdo: Guilherme Arana (Atlético-MG)
Zagueiro: Junior Alonso (Atlético-MG)
Zagueiro: Gustavo Gómez (Palmeiras)
Lateral direito: Mauricio Isla (Flamengo)
Volantes: Patrick (Internacional) e Gérson (Flamengo)
Meia: Vinicius (Ceará)
Atacantes: Luciano (São Paulo), Marinho (Santos) e Claudinho (RB Bragantino)
Técnico: Guto Ferreira (Ceará)

Melhor ataque: Flamengo - 68 gols
Craque do Brasileirão: Marinho (Santos)
Revelação do Brasileirão: Claudinho (RB Bragantino)
Melhor defesa: Internacional - 35 gols sofridos
Surpresa negativa do Brasileirão (time): Atlético-MG
Surpresa Positiva do Brasileirão (time): Fluminense
Mais assistências: Vinicius (Ceará), De Arrascaeta (Flamengo) e Keno (Atlético-MG) - 9 assistências
Artilheiros: Claudinho (RB Bragantino) e Luciano (São Paulo) 18 gols

Reservas

Goleiro: Tiago Volpi (São Paulo)
Lateral esquerdo: Reinaldo (São Paulo)
Zagueiro: Luccas Claro (Fluminense)
Zagueiro: Rodrigo Caio (Flamengo)
Lateral direito: Guga (Atlético-MG)
Volantes: Edenílson (Internacional) e Gabriel Menino (Palmeiras)
Meia: De Arrascaeta (Flamengo)
Atacantes: Gabigol e Pedro (Flamengo) e Thiago Galhardo (Internacional)
Técnico: Cuca (Santos)


25 de fev. de 2021

O Brasileirão da renovação

    Há anos estamos acostumados a ver os mesmos nomes fazendo sucesso no Brasileirão. Não existe nenhum problema nisso, mas deve gerar um desconforto em todos que gostam do futebol e se preocupam com ele.

    Quantas vezes Vágner Love já foi especulado no seu time? E Diego Souza? Tenho certeza que, se ele não teve uma passagem, já foi sondado ou ligado ao clube o qual você torce, assim como Paulo Baier e outros tantos. O problema não é apostar sempre nos "dinossauros" e sim, sempre preterir os jovens para dar mais uma chance aos já consagrados.

    Na maioria das vezes, é uma conta meio ordinária - como quase todas feitas no mundo do futebol. Contrata-se um desses jogadores de renome, que vai receber bem, claro, e, invariavelmente, isso se torna um investimento de risco. Vai render ou não? Quase sempre é um tiro na água. A base, multicampeã, lá está. Linda, passiva e encostada.

    Existem males que vem para o bem e, se olharmos em um certo recorte e buscarmos o copo meio cheio do impacto da pandemia no futebol, temos um grande ponto positivo: a revelação de novos talentos e o uso em massa das categorias de base por quase todos os times da elite.

    Por causa da pandemia, pode esquecer renda de bilheteria. Venda de camisas diminuíram, afinal de contas, o poder aquisitivo das pessoas também abaixou. Programa de sócio torcedor? Heróis são os que continuam bancando, mais uma fonte de receita que diminui para os clubes. A água bateu e, como sempre, quando a água bate, não são os veteranos que aparecem para jogar por pouco dinheiro e muita pressão, é a molecada.

    Gabriel Menino, Patrick de Paula, Renan, Gabriel Verón, Danilo e companhia ilimitada pelos lados do Palmeiras. Pulando o muro, Igor Gomes, Gabriel Sara, Brenner, Luan e mais outros no São Paulo. Pelos lados do Corinthians, Roni, Xavier, Raúl, Ruan. O Santos é o Santos. Um caso a parte, que, nesse ano, fez como todos os outros de sua história, usou e abusou da base com Kaio Jorge, Lucas Lourenço, Marcos Leonardo, Sandry e muitos mais.

    Independentemente do poderio financeiro, a base foi requisitada. Dinheiro, no momento, não compra imunidade do COVID. O Flamengo com seus tantos milhões, também precisou apelar para a base, assim como times que tem menos investimento, como o RB Bragantino, que vê em Claudinho, a possibilidade de ter um jogador ganhando os prêmios de: Revelação do Brasileirão, Artilheiro, Melhor jogador e outros ainda.

    Internacional, Grêmio, Fluminense e todos os outros times já citados aqui, além de estarem na parte de cima da tabela, proporcionaram um espaço para a base. Caio Vidal, Praxedes, Nonato, Peglow, Pepê, Leonardo Gomes, Guilherme Guedes, Darlan, Isaque, Marcos Paulo e tantos outros jovens jogadores tiveram a chance de aparecer.

    Sempre tem um. Claro que existiria uma exceção. O Atlético Mineiro optou por gastar. Gastar, gastar, gastar, tudo isso enquanto constrói seu próprio estádio, sabe lá deus de onde vem esse dinheiro, mas os jogadores vieram e estão ai, de bolso cheio e mão abanando, sem o principal: o título.

    Assim como na última temporada, em que tivemos uma centelha de esperança com o Flamengo, de Jorge Jesus, de que o futebol bonito poderia vir acompanhado de resultados e que grandes jogadores podem sim permanecer no Brasil e fazer sucesso, essa temporada deixa bem claro que existe muito talento na base dos times e que ela vem pedindo passagem.

       Claro que nem todos esses jogadores serão craques ou vão alcançar o nível de seleção brasileira, sucesso internacional e afins, mas o importante é tentar, expor, promover, revelar e, assim, renovar o futebol pentacampeão mundial.