3 de dez. de 2018

Seleção do Brasileirão 2018

Esquema: 4-3-3

Goleiro: Weverton (Palmeiras)
Lateral esquerdo: Renan Lodi (Atlético-PR)
Zagueiro: Pedro Geromel (Grêmio) 
Zagueiro: Victor Cuesta (Internacional) 
Lateral direito: Mayke (Palmeiras)
Volantes: Felipe Melo (Palmeiras) e Bruno Henrique (Palmeiras)
Meia: Lucas Paquetá (Flamengo) 
Atacantes: Gabriel Barbosa (Santos), Dudu (Palmeiras) e Everton (Grêmio)
Técnico: Felipão (Palmeiras)


Melhor ataque: Palmeiras - 64 gols feitos
Craque do Brasileirão: Dudu (Palmeiras)
Revelação do Brasileirão: Lucas Paquetá (Flamengo)
Melhor defesa: Palmeiras - 26 gols sofridos
Surpresa positiva do Brasileirão (time): Internacional- posição: 3º
Surpresa negativa do Brasileirão (time): Corinthians - posição: 13º
Mais assistências: Dudu (Palmeiras) - 14 assistências
Artilheiros: Gabriel Barbosa (Santos) - 18 gols


Reservas:

Goleiro: Santos (Atlético-PR)
Lateral esquerdo: Dodô (Santos)
Zagueiro: Gustavo Gómez (Palmeiras)
Zagueiro: Dedé (Cruzeiro)
Lateral direito: Victor Ferraz (Santos)
Volantes: Rodrigo Dourado (Internacional) e Cuéllar (Flamengo)
Meia: Raphael Veiga (Atlético-PR) 
Atacantes: Ricardo Oliveira (Atlético-MG), Nico López (Internacional) e Willian (Palmeiras)
Técnico: Thiago Nunes (Atlético-PR)



Opinião Própria.

3 de nov. de 2018

Arsenal 1x1 Liverpool

     Clássico entre 2 times em ótimos momentos na tabela, com o terceiro melhor jogador do mundo, Salah, em campo. O Arsenal, vive uma temporada de renovação sem Arsène Wenger, sendo comandado por Unai Emery, que surpreende e dá certo. Nos últimos 5 jogos, o Arsenal venceu 4 e empatou 1, ficando na 4ª colocação, com 22 pontos, 4 atrás dos lideres Manchester City e Liverpool, visitantes de hoje que empataram 2 e venceram 3 dos últimos 5 jogos.
     Antes do jogo começar, é feito e respeitado 1min de silêncio em respeito ao acidente com o falecido presidente do Leicester. Quando a bola rola, o Arsenal começa pressionando e atacando muito pelo seu lado esquerdo, com Aubameyang, não cria tantas chances até que em um cruzamento de Aubameyang, Alisson sai mal e Mkhitaryan cabeceia para fora. O Liverpool encontra dificuldades para sair jogando, o meio-campo é inoperante e Fabinho faz uma partida para ser esquecida. Com 17min jogados, Arnold lança Firmino, ele cara a cara com o goleiro Leno chuta no travessão e no rebote, sem goleiro, Mané faz o gol e o bandeira equivocadamente alega impedimento e anula. O Arsenal sentiu, Liverpool cresceu e Salah enfia ótima bola para o zagueiro Van Dijk, que domina no peito, chuta, mas Leno defende. O jogo acalma até os 38min, quando Arsenal cobra falta, Mustafi ganha de cabeça colocando a bola na área e Lacazette chuta para fazer o gol. Impedido. No lance derradeiro do 1º tempo, Milner cruza, Leno sai precipitadamente e Van Dijk cabeceia, a bola vai lentamente e beija a trave sem goleiro. Fim de primeiro tempo com 2 gols anulados e um 0 a 0 no placar.
     Segundo tempo volta com a mesma tônica, os dois times buscando o ataque, mas parando nas defesas, o Arsenal, segue dificultando muito a saída de bola dos visitantes, que apostam nos contra-ataques e em um deles, aos 15min, esticou uma bola para Mané, na ponta esquerda, ele cruza forte e Leno espalma, no rebote, Milner dá uma sabugada de dentro da área e abre o placar. 0x1. No lance seguinte, Torreira quase empata depois de tabelar pelo meio e chutar, mas parou no Alisson. O pouco eficaz Mkhitaryan sai para a entrada de Iwobi, Liverpool continua perigoso no contra-ataque, principalmente nas costas de Bellerín. O Arsenal, por sua vez, tem mais posse de bola e dificuldades para criar jogadas. Com 28min jogados Van Dijk sobe sozinho depois de escanteio e cabeceia bem, mas Leno se estica e faz boa defesa. O Arsenal ataca pelo seu lado esquerdo e aposta em cruzamentos ineficazes até que Iwobi enfia boa bola para Lacazette, que dentro da área, com Alisson no seu cangote consegue se distanciar, girar e tirar um chute cruzado da cartola. Golaço de empate 1x1.
    Com o empate, o Liverpool assume a liderança provisória da Premier League, pelo menos até o Manchester City jogar, a sina continua para o Arsenal, que não ganha do Liverpool em Premier League desde 2015, Salah, que marcou em todos os gols que fez contra o Arsenal na Premier League passou em branco e a expectativa que era de muitos gols, por causa do retrospecto recente de 27 gols nos últimos 5 clássicos entre eles não foi correspondida, mas o jogo foi legal.

21 de mai. de 2018

O adeus mais dolorido, o obrigatório

    Buffon. Iniesta. Torres. Cada qual por seu time, cada um do seu jeito, na sua posição, com suas características e personalidades diferentes, mas com um ponto em comum: o amor por seus clubes e a idolatria atingida, o status de semi-deus, melhor dizendo.
    Por modos, começamos pelos mais velhos, Gianluigi Buffon. Para muitos, (me incluo nesse grupo); o maior e melhor goleiro que os olhos tiveram o deleite de ver. No sábado (19.05.18) ele fez seu último jogo pela Juventus e por um clube italiano, segundo ele. Aos 40 anos, todos sabem que o vovô tem muita lenha ainda, por isso, logo surgem interessados como PSG e Real Madrid, além de clubes de outros polos do futebol, como Ásia e o mundo Árabe, existe também a possibilidade dele se tornar diretor da Juventus.
    Nem todos sabem, mas o Buffon não jogou só pela juve, muito pelo contrário, o goleiro começou em 1995 no Parma, onde ficou até 2001. Quis o destino que Buffon anunciasse sua saída da Juventus justo agora, quando o Parma conseguiu o acesso e vai jogar a Serie A novamentea. Em 2015, a justiça decretou que o clube tinha falido, com isso, o Parma teve de recomeçar, de baixo, lá da Serie D. Pela equipe do Parma foram 220 jogos e 3 títulos, a Coppa Itália de 1998-1999, Copa UEFA da mesma temporada e Supercopa Italiana de 1999.
    Buffon estava no Parma desde os 13 anos e estreou como profissional aos 17, no verão de 2001 foi anunciado pela Juventus como nova contratação e na época, foi o valor mais caro da história pago por um goleiro, 52 milhões de euros. Pela equipe de Turim, foram 17 anos, 656 jogos realizados e uma lista enorme de títulos, 9 campeonatos italianos, uma Série B, 4 Coppas Italias e 5 Supercopas Italianas, sendo sempre titular e incontestável embaixo das traves dos alvinegros, valeu o investimento?
    Um caneco especial para Buffon é o Scudetto da temporada de 2011-2012, quando a Juventus conquistou o troféu sem perder nenhum dos 38 jogos, invicta. Além disso, foi o primeiro título da Serie A depois do escândalo do Calciopoli e o primeiro da sequência seguida que a Juventus vem conquistando, sequência que já está no 7º título de campeonato italiano. Por essa competição, Gigi conseguiu estabelecer o incrível recorde de ficar 974 minutos consecutivos sem sofrer gol.
    Pela seleção, Buffon participou da copa do mundo de 1998, sendo reserva de Pagliuca. Era o início de uma era, Gigi, bateu o recorde de partidas feitas, somando 176 jogos, participando de 5 copas do mundo, vencendo uma, a de 2006 fazendo diversos milagres ao longo do torneio. Entre tantos títulos individuais e com equipes, um merece ser ressaltado: a IFFHs (International Federation of Football History and Statistic) elegeu Gianluigi Buffon o melhor goleiro dos últimos 25 anos em 2013. Grazie Gigi.

Gigi em sua despedida. Créditos: globoesporte.com

    Andrés Iniesta e Fernando Torres têm a mesma idade, 34, falemos primeiro daquele que conquistou mais de uma vez o título que "faltou" para Buffon, a Champions League.
    Ao contrário de Gigi, o meio-campista Inesta foi um jogador de um clube só, até agora. Cria de "La Masia" (base do Barcelona) Iniesta chegou aos 12 anos para jogar pelos blaugranas e fez 731 jogos (somando Barcelona e Barça B). Andrés é junto com seu ex-parceiro Xavi, o jogador espanhol com mais títulos no currículo, absurdos 28.
    Iniesta é tão incontestável, que pode se gabar de ter participado tanto da era Ronaldinho Gaúcho no  barça, quanto da era Messi e de quebra, na era Guardiola. Ao lado de jogadores como Piqué, Neymar, Puyol, Ronaldinho Gaúcho, Messi, Eto'o, Henry e muitos outros, Iniesta conquistou 9 La Ligas, 6 Copas do Rei, 7 Supercopas da Espanha, 4 Champions Leagues, 3 Supercopas Europeias, 3 mundiais e MUITOS outros títulos.
    Na temporada de 2015-2016, Iniesta se tornou o capitão "oficial" da equipe, por causa da saída do seu maior parceiro de meio-campo, Xavi, que rumou para o futebol do Catar.
    Um feito que pouquíssimos podem se gabar é o de ter conseguido ser aplaudido pela torcida do maior rival. Iniesta faz a dupla virar um trio. Antes dele só Johan Cruyff e Ronaldinho Gaúcho tinham sido aplaudidos pelos torcedores do Real Madrid no Santiago Bernabéu. (O brasileiro foi o único a ser aplaudido de pé). Iniesta foi aplaudido após o barça vencer por 4 a 0 o Real.
    Na seleção Iniesta fez 125 jogos. Com certeza o mais marcante foi contra a Holanda, em 2010, na final da copa do mundo, quando Iniesta fez o gol do primeiro título espanhol. O que poucos sabem é que embora Andrés estivesse vivendo um momento espetacular em campo, fora dele o meia estava com um "pequena depressão" como ele mesmo classifica.
    Iniesta ganhou a copa do mundo de 2010 fazendo o gol do título e além dessa conquista, ajudou a Espanha a se sagrar campeã da Eurocopa em duas ocasiões, 2008 e 2010. Sobre seu futuro, algumas certezas: não será como jogador do barça nem como jogador de um clube da Europa, tudo issso segundo o craque. Ele deve seguir o rumo do amigo Xavi e ir para um mercado alternativo. Um dos melhores goleiros de todos os tempos já se foi, agora é a vez de um dos maiores gênios do meio-campo ir. Gracias Andrés.
Iniesta sentado no gramado do Camp Nou depois de sua última partida lá. Créditos: doentesporfutebol // David Ramos

    O último dos 3 mosqueteiros que estão de saída. El Niño, que agora é La Leyenda. O atacante Fernando Torres optou por caminhos diferentes de Gigi e de Andrés, rodou por mais clubes, mas tendo só um no coração.
    Com certeza, entre os 3, Fernando Torres é o menos conhecido, tem menos glamour e títulos. Um fato curioso é que além dele ter a mesma idade que Iniesta, El Niño e Andrés nasceram em cidades relativamente próximas. Fernando Torres é de Fuenlabrada, que fica cerca de 3h de carro de Fuentealbilla, cidade de Iniesta.
    Fernando Torres fez a base no Atlético de Madrid e logo na sua primeira temporada como profissional amargou uma decepção com o time do coração, em 2001 o Atleti foi rebaixado para a Serie B. Com El Niño em crescente, o Atlético conquistou a Serie B e voltou para a La Liga, nas temporadas seguintes, Fernando Torres se firmou mais e aumentou seu prestígio com a torcida e diretoria chegando a conseguir ser o capitão da equipe com só 19 anos de idade.
    O sucesso atraiu o interesse do Chelsea e do Liverpool desde 2005 até a temporada 2006-2007, quando o Liverpool oficializou a contratação do jogador por 35 milhões de libras. Na temporada de estreia no futebol inglês Torres fez sua melhor temporada em termos de gols: 24. Sua contratação foi considerada um sucesso, ele fez 142 jogos e 81 gols. Em 2011 Torres se mudou, mas seguiu na Inglaterra, agora no Chelsea, que pagou quase 60 milhões de euros pelo atacante.
    Mais um começo dificil na vida de Fernando Torres, ele precisou de 13 jogos para marcar o primeiro gol pelo Chelsea. Mesmo assim, conseguiu se sagrar campeão da Champions League com o clube eliminando o Barcelona de Iniesta e anotando um gol de cobertura. Na temporada 2012-2013 Torres foi artilheiro do Chelsea na Europa League daquele ano, quando os blues levantaram a taça. Na temporada, ele fez 22 gols.
    O prestígio de Fernando Torres nunca foi algo gigantesco no Chelsea, tanto é que foi emprestado ao Milan e depois teve seu vínculo com Chelsea rescindido, ficando assim, em definitivo na Itália, onde estreou contra a Juvetus de Buffon e no total de sua passagem não fez muito sucesso, ficou de agosto de 2014 até dezembro do ano só.
    Em dezembro de 2014 ele foi recebido por 45 mil pessoas no Vicente Calderón, El Niño estava de volta ao Atleti, por empréstimo. Com os colchoneros, Torres reestreou contra o maior rival, o Real Madrid, fez gol no jogo e ajudou na vitória que eliminou o Real da Copa do Rei.
    2016 foi o ano em que o Atlético de Madrid sacramentou o retorno do ídolo, agora não por empréstimo e sim com um contrato de 1 ano. E hoje, 20.05.18, mesmo dia que a despedia de Iniesta, El Niño jogou contra o Eibar e fez 2 gols. Somando todas suas passagens pelo Atlético de Madrid, foram 410 jogos, 132 gols e o status de ídolo incondicional da torcida.
    As conquistas mais relevantes de Fernando Torres foram a Serie B do espanhol com Atlético e a Liga Europa da temporada atual (2017-2018), com o Chelsea uma Champions League e uma Liga Europa, além de uma FA Cup. Pelo Milan e Liverpool, nenhum título de expressão.
    Pela Fúria, seleção espanhola, Torres é reconhecido como um dos melhores atacantes que já vestiram o manto, foi campeão da Copa do Mundo de 2010 e das Eurocopas de 2008 e 2012,  os três títulos com Iniesta, os números brutos são de 110 jogos e 38 gols. Gracias El Niño.
    3 ícones e milhões de corações partidos pelas partidas de seus ídolos. Fica a constatação: assim como pais e mães, idolos não deveriam nos deixar, nunca.






Fernando Torres em sua despedida do Atlético e o mosaico da torcida. Créditos: doentesporfutebol // site ESPN.

18 de fev. de 2018

Torino 0 x 1 Juventus

     Dia de clássico da cidade! O Derby Della Mole é o jogo que divide Turim entre os torcedores da Juventus e da Torino. Para a Juventus esse jogo é vital, já que o time não pode tropeçar se pretende seguir na sua caça ao líder Napoli. Atualmente, a juve está em 2º, com 62 pontos, um atrás do Napoli. A Torino não tem mais muitas ambições nessa temporada, está em 9º, com 36 pontos, longe do rebaixamento e 4 pontos atrás de uma possível classificação para a Europa League, o problema é o desempenho do time, que não agrada. Esse será o jogo de número 237 entre os times e no 1º turno, a Juventus ganhou em casa por 4 a 0.
    O jogo começa e logo de cara Higuaín se machuca. Em choque com o goleiro da Torino o atacante torceu o pé aos 3min. O argentino tentou jogar, mas teve de ser substituído por Bernadeschi, que entrou só aos 15min. A alteração deixa o time da Juventus mais móvel, Douglas Costa passa a ser o centroavante central. Os visitantes controlam mais a posse da bola, Torino se posta para o contra-ataque. A grande tônica do jogo é que os dois meio-campos não são criativos, são destrutivos. Por isso, poucas jogadas são criadas. Dentre as poucas jogadas criadas, praticamente todas vem do lado da Juventus e quando Douglas Costa ou Bernadeschi partem para lance individual. Aos 33min a Torino deixa espaço e Alex Sandro avança livre pelo meio até virar o jogo para Bernadeschi, na direita, o ponta acelera, entorta o lateral da Torino dentro da área e cruza rasteiro, dentro da pequena área, Alex Sandro aparece para empurrar para as redes. 0x1. Pjanic, volante da Juventus, é o melhor desse fraco primeiro tempo. Douglas Costa e Bernadeschi também foram bem. Da Torino, ninguém se destacou.
    Na volta do vestiário, algumas coisas mudaram, agora a Juventus tem mais espaço para atacar, a Torino saiu um pouco da sua postura de só defender. Os mandantes agonizam com um problema seríssimo, não conseguem trabalhar uma jogada do início ao seu fim, a Juventus sempre destrói ou recupera a bola antes, com isso, os visitantes pegam a Torino mal postada. Douglas Costa dá lugar à Dybala nos visitantes e no primeiro toque na bola do Argentino, ele quase faz o gol, chuta para fora depois de receber no meio dos zagueiros uma bola muito bem enfiada por Bernadeschi. 2min depois, aos 23min, ele aparece de novo, Alex Sandro desce forte pela esquerda e toca rasteiro, Dybala dentro da área chuta bem, mas pelo alto. O camisa 10 ainda tem mais uma chance no lance seguinte, mas o chute de fora da área sai fraco. A Juventus domina o jogo, cria quando deseja (não quer muito) e não sofre com os ataques da Torino (totalmente previsíveis e sem criatividade). Nos minutos finais a Torino tenta dar um calor cruzando bolas na área, mas os lances são facilmente evitados pela bem postada defesa da Juventus. Fim de jogo, Torino 0 x 1 Juventus.
    No final das contas deu certo para a Juventus, mas a escalação titular do time de Massimiliano Allegri e a postura que ele queria que o time adotasse não condizem. O técnico da Juventus almejava o domínio do jogo, mas entrou em campo com um lateral de origem jogando pela ponta esquerda (Alex Sandro) e um meio-campo com 3 volantes, sendo 2 deles nada criativos (Khedira e Sturaro). A entrada de Bernadeschi foi uma dádiva para o time. Com ele, a Juventus ganhou uma mísera criação de jogadas pelos lados, ajudando Pjanic, que sofria para criar algo pelo meio. A Torino não incomodou em nenhum momento, só trabalhou no chutão e lançamentos para Belotti, coitado do atacante, se entregou muito, mas não fez milagre tendo que correr o campo inteiro.
   

14 de jan. de 2018

Liverpool 4 x 3 Manchester City

    O Manchester City, comandado por Pep Guardiola, vem atropelando um adversário atrás do outro, só perdeu 1 jogo em toda a temporada e está invicto nas competições nacionais. Para ilustrar melhor, no Campeonato Inglês, foram 22 jogos feitos, com 20 vitórias e 2 empates. Essa campanha absurda totaliza 62 pontos, 15 a mais que o 2º colocado, o Manchester United. O Liverpool, em caso de vitória pode assumir a vice-liderança nessa rodada, tem 44 pontos, 3 a menos que o United. Vale lembrar que esse será o primeiro jogo dos reds sem Philippe Coutinho, vendido para o Barcelona. Gabriel Jesus, lesionado, não joga pelo City. Um tempero a mais: desde 2003 o City não vence o Liverpool na casa do rival pela Premier League.
    A bola rola e o jogo é aberto, os dois times buscam o ataque, mas cada um do seu jeito, o Liverpool tenta definir rápido as jogadas, na base da velocidade pelos flancos com Salah e Mané, já o City, vai tentando envolver os reds com a posse de bola e a movimentação no ataque. Aos 8min, Firmino briga pela bola e ganha, ela sobra para Oxlade-Chamberlain, os azuis estão abertos, ele avança e chuta, de fora da área, forte no canto, placar aberto. 1x0. Os dois times pressionam muito a saída de bola, mas os mandantes conseguem mais sucesso que os visitantes nesse quesito. O Liverpool parece mais ligado e mais elétrico, ganha as divididas na base da vontade e não permite que o Manchester chegue próximo à sua área, mas aos poucos os visitantes vão se aproximando, mesmo recebendo uma marcação forte no meio-campo, o City tem mais posse de bola. De Bruyne sofre, é bem marcado, os reds, como conjunto, marcam bem, os visitantes não conseguem triangular passes, tem que esticar bolas. Aos 40min Walker vira o jogo muito bem, Sané domina no peito e sai do primeiro marcador, entra na área dos reds e dribla mais dois marcadores e solt auma bomba. 1x1. Fim de 1º tempo. Firmino não pegou muito na bola, mas foi o melhor jogador em campo, quando tocou na bola levou muito perigo criando espaços, atraindo a marcação, dando passes ou finalizando.
    Jogo volta do intervalo acelerado, logo aos 5min Sané cobra escanteio e Otamendi cabeceia no travessão dos reds. A partir daí começa o calor do Liverpool, até que aos 14min Oxlade-Chamberlain tira os reds da defesa em velocidade e lança Firmino, ele ganha na força de Stones e dentro da área dá uma cavadinha. GOLAÇO. 2x1. A pressão continua, City erra na saída de bola, Mané domina na entrada da área e chuta colocado, a bola bate na trave. Aos 16 mais um erro na saída de bola forçado pela pressão feita pelo Liverpool, Otamendi perde a bola para Salah e o egípcio já aciona Mané, ele livre e com muita calma solta um foguete na gaveta. 3x1. City perdido, completamente grogue. 22min jogados, Salah lança Mané, a bola é muito forte e o goleiro do City, Éderson, se antecipa e corta o passe, corta mal, a bola cai no pé de Salah, ele domina e chuta dali mesmo, um pouco a frente do meio-campo. Uma verdadeira PINTURA. Reds 4x1 blues. Mais uma cobertura para a conta, é a 2ª de hoje. Guardiola muda, coloca Bernardo Silva no lugar de Sterling, que não jogou nada. O jogo se encaminha para o final e o Liverpool segue mais firme, vibrante, brigador. O City, por sua vez, em nenhum momento ficou desesperado, faz seu jogo e aos 38min Gundogan tabela com Agüero dentro da área dos reds e chuta, a bola é bloqueada e na sobra, Bernardo Silva, também dentro da área chuta para diminuir. 4x2. Jogo parecia encaminhado, mas aos 46min Agüero recebe dentro da área e cruza, Gundogan, no meio de dois zagueiros, domina no peito e faz o gol. Isso mesmo, 4x3. Mesmo sem a raça o City consegue dar um calor na base da categoria, não conseguiu a virada, mas isso porque Agüero errou uma cabeçada livre aos 50min, poderia ter sido o empate.
    Vitória merecida em um jogo excelente. O Manchester ficou devendo, provavelmente o aspecto físico pegou. O Liverpool consegue a revanche, tinha perdido no 1º turno por 5x0, de quebra, destrói a invencibilidade do City, que parecia nunca ter um fim. Liverpool jogou melhor, conseguiu controlar o City e quando sentiu os visitantes hesitando foi e fez seus gols, mais precisamente, em 8min fez 3 gols.