24 de mar. de 2022

Santos precisa começar temporada 'pra valer' com sinal de alerta ligado

A temporada passada já foi muito ruim para o Santos. No Paulista, o time quase caiu e venceu apenas 2 de 12 jogos. Pouquíssimo para um time desse quilate. Esse ano não foi diferente, venceu apenas três jogos e também flertou com a queda. O Santos tem um elenco muito curto, pouco qualificado e vai enfrentar um longo ano com Brasileirão, Copa do Brasil e Sul-Americana. A temporada "de verdade" ainda está para começar.

O Santos flertou com a queda inédita para Série B do Brasileirão na temporada passada e esse ano, por mais que o clube seja perito em surpreender, não vejo uma briga em outra parte da tabela. O sinal de alerta precisa estar ligado desde a primeira rodada. Além do técnico gringo inexperiente no Brasil, o elenco do Santos não é balanceado: ou tem muitos jovens ou muitos veteranos. Poucos jogadores estão no auge físico e técnico.

É engraçado pensar que, pouco tempo atrás, mesmo com pouco dinheiro, o Santos conseguiu ir muito bem em edições de Brasileirão, chegando em 2° em 2016 e 3° em 2019, foi vice da Libertadores em 2019 e Copa do Brasil em 2015 e "repentinamente" agora vai para o segundo ano brigando para não cair.

O Santos, por isso, é a prova viva que a gestão pode alavancar ou derrubar um time. Vendas mal feitas, contratos ruins, apostas péssimas e contratações impensáveis foram feitas. Hoje o time está endividado, em busca dos míseros 45 pontos e uma reestruturação.

Vejo uma perspectiva boa para o futuro. O caminho que conhecemos hoje em dia para ter um time competitivo de futebol a longo prazo é o que Palmeiras e Flamengo fizeram: reestruturação completa focando a austeridade da base ao profissional passando por departamento médico, clube social, CT e afins.

É um caminho longo e turbulento, o Palmeiras inclusive foi rebaixado nele, mas hoje colhe os frutos da reestruturação bem-feita. É um time sólido financeiramente, nas categorias de base e campeão recorrentemente no profissional. Esse é o exemplo para o Santos.

O presidente do Santos, Andrés Rueda, promete seguir essa linha. Uma queda de divisão seria trágico e atrasaria muito o projeto, por isso, o clube precisa entender a tênue linha entre economizar e ter um time nível Série A. O resultado é a longo prazo e só saberemos se foi uma gestão boa nos próximos anos, mas os primeiros indícios são positivos, resta agora não se perder nas tentações do mundo do futebol.

Um comentário:

  1. O futebol no Brasil começou há pouco tempo ter atenção profissional. O Santos sente o reflexo de épocas amadorismo do passado. Vem a minha lembrança a notícia dos jornais do Rio de Janeiro que o Bangu havia enganado o Palmeiras por vender um jogador lento: era Admir da Guia, o Divino!

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