Os brasileiros sempre estiveram acostumados com grandes gerações de craques na seleção. Pelé, Garrincha e mais uma rapaziada. A turma de 82. Romário, Bebeto, Zinho, Dunga, Taffarel e a geração dos melhores do mundo, os 'R´s', que aterrorizavam a Europa na mesma medida que traziam encanto. Neymar nunca teve isso.
Ronaldinho, Rivaldo, Roberto Carlos, Kaká (Ricardo), Ronaldo Fenômeno e Romário. O 'fundão' dos anos 90 e começo dos anos 200 foi uma safra diferenciada e abençoada, mas curiosamente não é a de ouro, é a dos melhores do mundo. Todos citados foram, excessão a Roberto Carlos, lateral que foi vice de Ronaldo. Mesmo assim, a geração que trouxe a primeira medalha de ourou nas Olimpíadas é a de Neymar e só. Mais ninguém para o ataque.
Neymar estreou em 2010 na seleção principal e já meteu um gol e, desde então, procuramos parceiros bons para ele e não chegamos a nada longevo. Durante todos esses anos ele foi inquestionável. Já pensamos em Coutinho e Everton Cebolinha, hoje olhamos para Paquetá, Raphinha e Firmino. Grande abismo para os anos 90-00.
Adriano Imperador, Robinho, Alex e tantos outros craques também faziam parte da geração mais talentosa da história, seriam titulares absolutos hoje e nenhum deles sobrou para passar o bastão para Neymar, que teve que assumir o protagonismo sozinho, desde cedo.
Hoje, olhamos para a safra dos nascidos entre 1997 e 2002, a segunda geração, literalmente, de ouro, e temos esperança. Quem sabe Neymar não pode ser o veterano que vai passar o bastão para algum jovem? Vinícius Júnior, Antony, Gabriel Jesus, Rodrygo e até mesmo os jovens que atuam no futebol brasileiro ainda em Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Grêmio, principalmente.
Neymar é um caso curioso. Na mesma medida em que é sortudo, por tudo, é um azarado, por quase tudo também. É muito craque, mas talvez fosse apenas 'mais um', como tantos foram se tivesse nascido mais cedo e, se algum desses que era preterido nos anos 90-00 tivesse nascido mais tarde, seria o grande par de Neymar.
Resta torcer para o desenvolvimento desses jovens bons e promissores que o Brasil tem. Quem sabe eles não desabrocham ainda em tempo de tirar a responsabilidade de Neymar na seleção e deixá-lo se divertir um pouco com a amarelinha.
É isso mesmo! Há tempos o parceiro ideal é procurado e não aparece. Ele carrega sozinho o peso que ou outros dividiram com outros craques!
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