Além disso, não adianta a torcida gritar "olé" contra o próprio time ou abandonar o estádio durante a partida só porque o Botafogo está perdendo. A SAF não muda o que o Botafogo, nesse momento, é: um time que acabou de subir da segunda divisão.
O que esperar de um time que acabou de subir da segunda divisão? Títulos logo de cara? Dominação em campo e bom futebol? Protagonismo no mercado? Não. É preciso enquadrar a verdadeira realidade do clube. Existe uma tendência de futuro positivo, nada mais do que isso.
E, se a torcida continuar a jogar contra, será mais difícil ainda do projeto dar certo. O investimento foi e está sendo feito, mas não é algo instantâneo, é como plantar uma árvore. Existem etapas, boas e ruins, fases que precisam ser ultrapassadas e, enfim, colher os frutos.
Pode-se questionar se o dinheiro está sendo bem utilizado ou não, isso sim, mas quando as contratações foram feitas, não lembro de ter visto muitos questionamentos sobre os nomes e os valores. O Botafogo parece estar, enfim, nos trilhos, é preciso paciência, discernimento e apoio neste momento.
A realidade do Botafogo, no momento, é essa. Jogar fora de casa contra o Palmeiras, bicampeão seguido da Libertadores, e tomar 4 a 0, fora o baile. É perder para o Corinthians, Flamengo e outros times que estão na primeira divisão e em um grau de competitividade mais alto por mais tempo.
No momento, a torcida do Botafogo precisa entender que uma vaga na Sul-Americana é um resultado positivo. Basta ver o caminho que o Bragantino traçou alguns anos atrás, ou até mesmo o Fortaleza e o Ceará. A evolução precisa ser gradativa e coesa, independente da quantidade de dinheiro.
Uma coisa que o botafoguense sabe muito bem é que dinheiro não compra tradição e que o bom futebol não é instantâneo como um miojo. É preciso tempo e paciência.
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